O Banco do Brasil anunciou recentemente que irá estender o período disponível para os clientes renegociarem suas dívidas. O prazo anterior iria até o dia 17 de dezembro deste ano, porém, após o sucesso do mutirão, o banco decidiu que o novo prazo irá até o dia 30 do mesmo mês.
Para os interessados, os descontos chegam a até 95% durante o período. Esta porcentagem é para liquidação à vista e total de dívidas vencidas. Alguns super descontos também estão disponíveis nas taxas de juros, além de prazos de até 100 meses para renegociação a prazo de operações vencidas.
O mutirão teve início no dia 6 de dezembro e segundo o Banco do Brasil, já realizou mais de 42 mil operações. Os valores renegociados passam de R $634 milhões em todo o país. O banco salienta que todos os clientes que possuírem dívidas vencidas não pagas podem negociar uma solução que mais se adeque com sua realidade e sua capacidade de pagamento.
Os descontos no pagamento e renegociação nos prazos estão disponíveis para pessoas físicas, pessoas jurídicas e produtores rurais. Basta que tenham dívidas não pagas resultantes de operações de crédito pessoal, cheque especial, cartões de crédito, entre outras.
Os clientes que se interessaram no mutirão podem se dirigir às agências do Banco do Brasil para renegociar suas dívidas. Caso prefiram fazer este processo de forma remota, o banco disponibiliza diversos canais de atendimento como: site, aplicativo do Banco do Brasil, WhatsApp (61 4004 0001) e central de atendimento (4004-001 e 0800 729 0001).
Grande parte dos brasileiros optaram por renegociar suas dívidas com bancos
Segundo estudo divulgado pela Serasa na Quarta Edição do Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas no Brasil, quase 30% dos brasileiros que precisaram renegociar suas dívidas, preferiram o método de parcelamento. De acordo com o estudo, o número de inadimplentes no Brasil se mantém estável, na faixa de 62 milhões de pessoas.
A média brasileira é de pouco mais de R$1.170 por dívida e cerca de R$3.929 por pessoa. O valor total das dívidas chegou a R$244,5 bilhões e as principais causas desse endividamento são os bancos e os cartões de crédito, seguidos por utilities e varejo, representando 29%, 23% e 13% respectivamente.
Se compararmos os estados brasileiros com maior número de devedores, temos São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Bahia liderando o ranking. Em contrapartida, os estados citados são os que apresentam o maior número de acordos fechados no Serasa Limpa Nome. Ao todo, foram concedidos mais de R$3,6 bilhões em descontos nos acordos realizados em agosto deste ano.
Riscos e consequências da inadimplência bancária
Ter o nome sujo pode prejudicar no dia a dia. Quando uma pessoa fica inadimplente, o score dela fica mais baixo, este índice pode ser utilizado para liberar empréstimos e financiamentos, além de ser consultado por diversas empresas para outros serviços financeiros.
Nos últimos anos, com a disseminação da pandemia e pelas incertezas geradas pelo atual governo, as previsões de mercado só pioram. É recorrente a alta na inflação, culminando em altas na taxa básica de juros (Selic). Aproveitar os mutirões oferecidos pelos bancos pode ser uma oportunidade de quitar dívidas com bons descontos e prazos para pagamentos.