O modo como o cérebro humano processa informações, as retém ou as exclui pode ser um grande problema para os estudantes que estão em fase preparatória para realizar concursos ou vestibular.
Nossa memória não armazena todo o conhecimento que adquirimos em horas de estudo por muito tempo.
Hermann Hebbinghaus, filósofo e psicólogo alemão, foi pioneiro em estudos científicos da memória. O psicólogo realizou um amplo e contundente estudo no final do século XIX sobre a memória humana. Neste estudo, foi possível fazer um mapeamento da retenção das informações a longo prazo.
Hebbinghaus descobriu com essa investigação que após o período de memorização ou estudo, as informações vão se perdendo gradativamente. Após 20 minutos, o cérebro perde 42% das informações. O processo de esquecimento continua com o passar do tempo, restando ao fim de 24 horas apenas 33% do conhecimento adquirido.
Os resultados desse estudo ficaram conhecidos como A Curva do Esquecimento ou A Curva de Hebbinghaus.
O grande desafio para quem precisa reter a maior porcentagem do conhecimento para aplicar em provas é diminuir a curva.
O cérebro humano tende a descartar novas informações que não são usadas. Isso ocorre porque estas informações são armazenadas na memória de curta duração. Para que essas informações não sejam perdidas, elas precisam ser armazenadas na memória de longa duração.
Como reter esse conhecimento?
O principal método para evitar a curva do esquecimento é a de revisões espaçadas, também conhecido como repetições espaçadas.
Estas revisões consistem em momentos de retomada dos assuntos estudado em um curto prazo de tempo. O estudante deve organizar, além dos momentos de estudo de novos assuntos, momentos curtos de no mínimo cinco minutos para revisar assuntos estudados horas atrás.
A revisão ou repetição dos assuntos atua em três etapas: reativação da memória, assimilação das informações mais relevantes e, por fim, aumento da retenção do conhecimento. A retenção pode chegar até 100%, isso significa que os conhecimentos foram armazenados na memória de longa duração.
Os estudantes precisam relembrar o que foi estudado, usar as novas informações com frequência, para que elas tenham maior durabilidade na memória. Para isso, é necessário organizar o tempo, determinando horários fixos, curtos e recorrentes para as revisões espaçadas.
Dicas para potencializar a revisão espaçada:
- Intercalar estudo entre tela e mídia impressa;
- Utilizar marcadores coloridos, canetas e notas adesivas para marcar informações de destaque e ativar a memória imagética;
- Tentar relembrar os assuntos antes de reler;
- Usar aplicativos de organização para revisões espaçadas.
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