Os cidadãos do Brasil foram agraciados por uma notícia positiva da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Durante o mês de setembro, não será aplicado nenhum custo adicional nas tarifas de eletricidade da conta de luz.
Isto se deve ao fato de que a bandeira verde, que denota circunstâncias favoráveis na produção de energia, permanecerá em efeito. Por meio desta medida, os consumidores terão a oportunidade de experimentar um alívio nas despesas relacionadas à conta de luz.
Prorrogação da bandeira verde na conta de luz por mais um mês
Esta resolução traz alívio para os cidadãos, que têm sido beneficiados pela ausência de encargos adicionais desde a extinção da bandeira que indicava a escassez hídrica. Esta ficou ativa desde setembro de 2021 até meados de abril de 2022.
A seleção da bandeira verde foi fundamentada nas excelentes circunstâncias de geração de energia à época, com os reservatórios das usinas hidrelétricas mantendo níveis satisfatórios. No começo da estação seca, a média do nível de armazenamento dos reservatórios atingiu 87%, o que justifica a manutenção da ausência de tarifa adicional.
Contudo, é crucial recordar que a implementação das outras bandeiras tarifárias resultou em um acréscimo de até 64% na fatura de energia. Conquanto, este acréscimo foi aprovado pela Aneel em junho de 2022. Esse aumento teve origem na inflação e na elevação dos custos relacionados às usinas termelétricas, as quais estão vinculadas ao encarecimento do petróleo e do gás natural nos meses recentes.
Felizmente, a Aneel permanece atenta a essas questões. Então, recentemente, deu sinal verde para uma consulta pública com o propósito de diminuir as bandeiras tarifárias na fatura de energia elétrica em até 36,9%. Esta deliberação se fundamenta em três fatores:
- Reservatórios cheios.
- Expansão das fontes eólica e solar.
- Baixa nos preços internacionais dos combustíveis fósseis.
Compreender o sistema de bandeiras tarifárias é essencial para uma melhor compreensão do impacto na conta de luz. Esse sistema foi implementado em 2015 com o objetivo de informar os consumidores sobre o consumo de energia elétrica e a conjuntura energética do país.
As cores das bandeiras tarifárias
As cores das bandeiras – verde, amarela e vermelha – apontam para a gravidade da situação e o custo extra correspondente no montante final da fatura de luz. Por exemplo, a bandeira verde indica que não há nenhum valor adicional. Em contrapartida, a bandeira amarela implica um aumento de R$ 1,874.
Por sua vez, as bandeiras vermelhas, nos níveis 1 e 2, acarretam acréscimos de R$ 3,971 e R$ 9,492 respectivamente, na fatura extra. Adicionalmente, durante o período de bandeira vermelha por emergência hídrica, os consumidores pagavam R$ 14,20 adicionais a cada 100 kWh.
É relevante ressaltar que o Sistema Interligado Nacional (SIN), que abrange grande parte do país, é dividido em quatro subsistemas:
- Sudeste/Centro-Oeste;
- Sul;
- Nordeste;
- Norte.
Todavia, há algumas exceções, como partes de estados da Região Norte e de Mato Grosso, e todo o estado de Roraima, que não estão abrangidos pelo SIN.
Adicionalmente, há 212 localidades isoladas do SIN, onde o consumo é baixo e representa menos de 1% do total de consumo do país. Nestas áreas, a demanda por energia é atendida primordialmente por usinas termelétricas que utilizam óleo diesel como combustível.
Com a isenção de cobranças adicionais na fatura de luz durante o mês de setembro e a expectativa de redução das bandeiras tarifárias, espera-se um alívio para os cidadãos do Brasil. É essencial que todos estejam conscientes do consumo de energia responsável e da importância de buscar fontes renováveis. A energia eólica e solar surgem como alternativas de energia limpa para contribuir com a diminuição dos custos e dos impactos ambientais.