Viver no Brasil não tem sido fácil, principalmente quando se pensa na inflação dos alimentos – itens básicos para sobrevivência e que aumentaram significantemente. Neste cenário caótico, 37% das pessoas que vivem com até 2 salários mínimos afirmaram passar fome, proporção que caiu para 17% das pessoas que ganham entre 2 a 5 salários mínimos.
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Na média geral, 26% dos brasileiros, de todos os perfis e rendas, afirmaram que a comida foi insuficiente. O resultado, divulgados nesta sexta-feira (24), é fruto de uma pesquisa Datafolha e que foi publicada no jornal “Folha de S.Paulo”.
Veja abaixo o que cada família respondeu por faixa salarial, a seguinte pergunta: “Nos últimos meses, a quantidade de comida na sua casa para você e sua família foi”.
Até dois salários mínimos:
- Mais do que o suficiente: 7%
- O suficiente: 56%
- Menos do que o suficiente: 37%
Mais de 2 a 5 salários mínimos:
- Mais do que o suficiente: 12%
- O suficiente: 71%
- Menos do que o suficiente: 17%
Mais de 5 salários mínimos:
- Mais do que o suficiente: 23%
- O suficiente: 74%
- Menos do que o suficiente: 3%
Mais de 10 salários mínimos:
- Mais do que o suficiente: 27%
- O suficiente: 68%
- Menos do que o suficiente: 5%
Redução de refeições e fome
Neste cenário do Brasil, fazer todas as refeições tem sido uma desafio. Para se ter uma ideia, de todos os grupos, 15% tiveram que deixar de fazer ao menos uma refeição. O número aumenta para 23% quando o recorte é de famílias que ganham até 2 salário mínimos.
Já aquelas famílias que precisaram do Auxílio Emergencial, 26% se viram obrigadas a deixar alguma refeição de lado. Para aquelas que não receberam, a porcentagem cai para 11%.
Regiões apresentam diferenças entre si
Quando se fala em comida insuficiente, ou seja, passar fome, os números são diferentes entre as regiões do Brasil. Para se ter uma ideia, no Nordeste, por exemplo, 35% das pessoas disseram que a comida foi menos que o suficiente, na sequência ficaram ainda Centro-Oeste/Norte (25%), Sudeste (23%) e Sul (21%).
No total foram entrevistadas 3.666 brasileiros, entre os dias 13 a 16 de dezembro, atingindo 191 municípios. Desta forma, a margem de erro calculada ficou em 2% para cima ou para baixo.
Outra diferença sentida, foi de acordo com o perfil do brasileiro, um total de 45% desempregados afirmam que a família passou fome, o número cai para 34% entre os desempregados que já desistiram de procurar emprego.
Neste contexto, Paulo Guedes, ministro da Economia, ainda declarou dias antes, que o problema da pobreza é global.
Aumento da fome
No levantamento, ainda foi questionado o que as pessoas achavam sobre a fome no país, se tinha aumentado ou não, diante do cenário atual. Confira abaixo as respostas:
- Aumentou: 89%
- Diminuiu: 3%
- Ficou igual: 7%
- Não sabe: 1%