O PIX, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, é um dos principais métodos de pagamento do país, mesmo tendo sido lançado há menos de dois anos. Atualmente existem 469 milhões de chaves ativas para 214,8 milhões de brasileiros. Sendo assim, existem mais de duas chaves de pagamento ativas para cada habitante.
As chaves aleatórias são a maioria, totalizando 185,2 milhões. O CPF aparece em segundo lugar, com 107,8 milhões de cadastros, seguido do número de celular com 98,7 milhões e e-mail, 68,8 milhões. Para o Banco Central, a facilidade do método de pagamentos e gratuidade impulsionaram o crescimento do PIX.
“O Pix acabou se tornando um substituto eletrônico para o dinheiro físico, apresentando os mesmos benefícios, como a ausência de tarifas, a disponibilidade imediata dos recursos para o recebedor e a disponibilidade em qualquer horário em todos os dias do ano. Além disso, o Pix, diferentemente do dinheiro, permite a realização de transações não presenciais”, disse o BC em nota.
Outra vantagem do recurso é o horário de funcionamento do serviço, já que ele está disponível durante 24 horas, sete dias na semana. Diferente de outros sistemas de pagamento onde é preciso aguardar o próximo dia útil, qualquer pagamento via PIX é disponibilizado ao recebedor em poucos segundos.
As chaves PIX
A chave PIX é um dado que permite que o dinheiro seja enviado a um outro usuário, ou que uma pessoa receba um pagamento. Desse modo, ao invés de inserir todos os dados da conta bancária como agência, conta, nome completo do recebedor e CPF, é preciso inserir apenas a chave PIX.
A chave cadastrada pelo usuário pode ser o CPF, e-mail, telefone celular ou uma chave aleatória. Vale informar que existe a possibilidade de registrar mais de um e-mail ou número de telefone como chave PIX.
De acordo com o Banco Central, pessoas físicas (PF) podem registrar até cinco chaves PIX por conta (desde que seja titular). Já no caso de pessoas jurídicas, é possível registrar até vinte chaves. O cadastro de uma chave PIX deve ser feito diretamente no aplicativo do banco de relacionamento do usuário.
Cuidados ao utilizar o sistema de pagamentos
Para o advogado Caio Sanas, especialista em mercado financeiro e criptomoedas pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), o PIX contribui com a digitalização de pagamentos. Sendo assim, o sistema traz mais eficiência e segurança para a economia.
“Isso é resultado da transformação digital que o mundo vem enfrentando, e acesso à internet, embora tenhamos que melhorar substancialmente em relação a esse acesso. Mas os dados demonstram que é um caminho sem volta, o brasileiro prefere o digital ao dinheiro físico por questões de facilidade, segurança e cultura”, explica.
Apesar disso, assim como qualquer serviço que envolva dinheiro, o PIX exige alguns cuidados para evitar fraudes e golpes financeiros. “Os criminosos aproveitam da engenharia social, ou seja, falta de conhecimento da população para obter recursos de maneira ilícita, prejudicando terceiros”, acrescenta Caio Sanas.