No aniversário de 1 ano de funcionamento, o PIX, sistema de pagamentos instantâneos lançado pelo Banco Central (BC), já foi utilizado como método de pagamento, desde estabelecimentos até transações entre amigos, mais de 1,6 bilhão de vezes e movimentou mais de R$ 4 trilhões.
A ferramenta que permite transferir dinheiro instantaneamente para qualquer um, sem taxa alguma, durante 24h todos os dias da semana incluindo feriados, foi muito bem aceita pela população brasileira e de acordo com as últimas estatísticas divulgadas pelo BC, de setembro de 2021, as transações feitas por PIX superam as realizadas por boletos, TEDs, DOCs e cheques somados.
Durante esse primeiro ano de existência, o PIX já passou por algumas modificações e melhorias. As mais recentes novidades foram as novidades “Pix Saque” e o “Pix Troco”, que estrearam na última segunda-feira (29 de novembro). A modalidade faz com que os usuários consigam sacar ou receber como troco o valor em dinheiro de um pagamento com PIX em um estabelecimento como padaria, supermercado ou mesmo a lojinha do bairro.
Mas tudo indica que as novidades do PIX não devem parar por aí. O Banco Central já anunciou duas atualizações para o próximo ano, que são: Transações offline e internacionais.
Uma das melhores novidades relacionadas ao PIX, com certeza está a possibilidade de utilizar o sistema de pagamentos sem internet. A ideia do Banco Central é expandir a utilização da ferramenta para lugares sem acesso à Wi-Fi e para aqueles que não possuem planos de internet móvel em seus celulares.
De acordo com a instituição, já existem estudos avançados e discussões com a indústria sobre uma forma de iniciação por QR Code gerado pelo pagador em modo offline, o que viabilizará o pagamento quando o usuário não estiver com sinal de Wi-Fi ou dados móveis.
Em contrapartida, o BC salienta que para o produto ser lançado “é necessário que o sistema de QR Codes seja melhor assimilado pela população em geral”. Ainda não há data definida para a disponibilização da ferramenta.
Por fim, no caso das transações internacionais, o objetivo é conectar o PIX a outros sistemas de pagamentos fora do Brasil para facilitar transações como compras internacionais e remessa de valores ao exterior.
O Open Banking é um sistema lançado em 1º de fevereiro deste ano, que permite a troca organizada de dados de clientes e instituições financeiras, com inclusão dos produtos de investimentos, de seguros e de câmbio ao sistema.
Nas fases 1 e 2 do open banking, por exemplo, as empresas que atuam no sistema financeiro puderam acessar dados cadastrais (nome, endereço, CPF, etc) e transacionais (saldo de conta, crédito, pagamento) de clientes que tenham autorizado o compartilhamento dessas informações.
Só no fim de outubro, na fase 3, é que o acesso a esses dados passou a poder ser usado para a oferta de serviços, começando por pagamentos usando o PIX. Nessa etapa, uma empresa, por exemplo, que vai receber o pagamento de um cliente, pode conectar todas as contas desse cliente a instituições financeiras ou cartões que ele queira usar, mesmo que essas contas não estejam catalogadas na loja que está vendendo o produto.
Por enquanto, isso vale apenas para o PIX. Mas a partir de 15 de fevereiro de 2022, essa mesma funcionalidade passa a valer para TED, depois para boletos (30 de junho) e, finalmente, para débitos em conta (30 de setembro).