O PIX é um sistema de pagamentos instantâneos que foi lançado há cerca de cinco meses pelo Banco Central do Brasil. Até então alcançou a marca de 215 milhões de chaves cadastradas, segundo informações de Carlos Brandt, que é chefe adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro.
Carlos Brandt fez diversos comentários a respeito do PIX na terceira edição do Payment View, que aconteceu nesta quarta-feira (14) e um dos temas foi justamente o número de usuários que a ferramenta tem alcançado, além do contínuo crescimento de seu uso.
Além disso, Brandt ressaltou o sucesso de adesão que o PIX atingiu durante este tempo. A nova forma de pagamentos instantâneos do Brasil acabou se espalhando entre usuários de diferentes bancos rapidamente. O representante do Banco Central ainda disse que o mesmo tem obtido recordes semanais de transações.
Na semana que se encerrou no dia 4 de abril, o PIX bateu um recorde de 77 milhões de transações. Mas já na outra semana, encerrada no dia 11 de abril, este atingiu um novo recorde de transações, alcançando a marca dos 106 milhões no total. Brandt explicou que “Na semana até o dia 4, já tinha sido um recorde, quando foram 77 milhões de transações. O aumento está consistente”.
Novidades chegando?
O representante do Banco Central ainda comentou a respeito do crescimento de chaves PIX no meio empresarial. Além de muitas pessoas físicas estarem criando e utilizando novas chaves do sistema de pagamentos instantâneos, as empresas têm aderido ele com um avanço até maior do que entre as pessoas.
Esse crescimento, segundo Brandt, era esperado pelo motivo de que a “adesão das pessoas era mais simples do que para as empresas. Como pessoa física, basta ter uma conta. Já as empresas precisavam, além das contas, negociar os valores com instituições”.
Carlos Brandt ainda disse que novas funcionalidades serão implementadas no terceiro trimestre de 2021. Apesar de ainda não sabermos se outras funções podem ser anunciadas até lá, ele colocou destaque ao saque PIX, que teve um prazo de implantação recentemente divulgado pelo próprio Banco Central. A intenção do serviço é que possa atingir a todos os brasileiros, alcançando desde pessoas físicas até instituições.
PIX em constante evolução
Segundo o representante do Banco Central do Brasil, o saque PIX terá 3 possibilidades de ser implementado em lojas e estabelecimentos, entre os quais podemos citar:
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Realizar um saque no estabelecimento comercial sem que a operação tenha um vínculo a uma conta;
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Fazer um saque de modo que a operação tenha o vínculo com uma conta;
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Sacar e comprar um produto em uma mesma operação por meio do PIX.
Brandt considera que “a agenda evolutiva do PIX é permanente”. Além disso, acrescentou que já estão sendo idealizados novos produtos a serem colocados nos próximos anos, destacando, por exemplo, o PIX Internacional, em que seria possível realizar transferências para o exterior em tempo real.
Outro passo importante do PIX para o futuro é permitir um split de pagamento, que basicamente uma única operação poderia fazer com que cada estabelecimento ou empresa recebesse a parcela do pagamento que lhe é devida na compra, já que é um caso que acontece no marketplace.
Brandt ainda lembrou sobre a previsão do quarto trimestre de que se inicie o PIX por aproximação, uma função importante que os brasileiros poderão ter acesso em breve, assim como o surgimento do Open Banking.