O PIX, sistema de transferências instantâneas desenvolvido pelo Banco Central (BC), anunciou novidades da ferramenta para os próximos anos. Sendo assim, como anunciou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, futuramente, o sistema poderá ser usado em operações sem acesso à internet e em transações internacionais.
Nesse contexto, Campos Neto fez o anúncio em um evento especial do BC para celebrar o aniversário de um ano da nova ferramenta. Segundo o presidente da autoridade financeira, o PIX ainda não atingiu todo seu potencial. “O uso do QR Code ainda depende de melhor assimilação da tecnologia pelos usuários”, explicou.
Apesar de algumas novidades do PIX dependerem do desenvolvimento de novas tecnologias, Campos Neto considerou revolucionária a evolução do sistema. “A realidade superou as expectativas. O uso do PIX aumenta mês após mês. A velocidade de adoção é a mais rápida do mundo”, destacou o presidente do Banco Central.
Nesse sentido, até outubro deste ano, cerca de 7 bilhões de transações foram executadas por meio da ferramenta, movimentando cerca de R$ 4 trilhões. Sendo assim, o recorde diário de transações pelo PIX ocorreu no último dia 5 de novembro, com 50.045.289 operações executadas instantaneamente.
Inclusão pela ferramenta
Segundo o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, João Manoel Pinho de Mello, o crescimento do PIX proporcionou mais inclusão às classes mais baixas. Isto porque mais de 45,6 milhões de pessoas que estavam fora do sistema financeiro passaram a operar pagamentos digitais.
Segundo Pinho de Mello, o PIX tem ganhado mais adesão de beneficiários dos programas sociais como o Bolsa Família e o CadÚnico. Dados do BC demonstram que entre as camadas de menor renda, o número de usuários do PIX subiu 131% entre março e outubro deste ano, contra crescimento de 52% no total da população.
Com o advento e adoção do PIX, o Brasil, ressaltou o diretor do Banco Central, passou a ocupar o terceiro lugar entre os países que mais usam pagamentos instantâneos. Sendo assim, o país fica apenas atrás da Suécia, que adotou o sistema há sete anos e da Dinamarca, que o adotou há cinco anos.
Além disso, em 12 meses de funcionamento no país, o PIX ultrapassou, em número de transações, meios de pagamento tradicionais. A ferramenta superou a Transferência Eletrônica Disponível (TED) e o Documento de Ordem de Crédito (DOC) em janeiro deste ano, seguido dos boletos bancários em março.
PIX Saque e PIX Troco
Ademais, o Banco Central anunciou que até o fim do ano, o PIX ganhará novas funcionalidades. Nesta semana, entrou em vigor um novo mecanismo de segurança que agiliza a devolução de recursos a usuários vítimas de fraude ou de problemas operacionais entre as instituições participantes.
Por fim, no próximo dia 29, passam a funcionar o PIX Saque e o PIX Troco. Nesse sentido, o primeiro permite que o usuário transfira recursos para uma conta PIX em pontos que oferecem o serviço de sacar dinheiro em espécie. Já o segundo permite que o usuário transfira quantias maiores que o valor da compra e saque a diferença em forma de troco.