O relatório de perspectivas da Fitch Ratings, uma das maiores agências de classificação de risco de crédito do mundo, divulgado nesta quarta-feira (13/09), apresentou uma elevação de suas estimativas sobre o PIB global de 2023. Todavia, é uma grande melhora na atividade econômica e seu desempenho para este ano.
A princípio, a elevação nas estimativas para o PIB de 2023 se deve, em parte, a uma conjuntura de superação das principais economias do planeta. No entanto, a Fitch Ratings afirma que existem diversos riscos a serem considerados. Isso se deve em parte, à problemas no setor imobiliário na China e a política monetária dos EUA.
Ademais, de acordo com o relatório de perspectivas da Fitch Ratings, a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial para este ano passou de 2,4% para 2,5%. Entretanto, a agência de classificação de risco de crédito apresentou uma projeção menos otimista para 2024, que passou de 2,1% para 1,9%.
O economista-chefe da Fitch Ratings, Brian Coulton sobre o PIB, diz que “A crise cada vez mais profunda no mercado imobiliário da China é uma nova ameaça às perspectivas de crescimento global, enquanto os impactos dos aumentos dos juros nos EUA e na Europa estão começando ser sentido de forma mais significativa”.
PIB dos Estados Unidos
A agência também apresentou números relacionados ao crescimento do PIB norte-americano. Dessa maneira, as projeções atuais são de uma alta, passando de 1,2% para 2,0% em 2023. No entanto, o relatório apresentado aponta para uma recessão econômica no país para o primeiro e segundo trimestre do ano que vem.
Dessa forma, a expectativa apresentada no relatório da Fitch Ratings, é a de que haja um menor crescimento da economia dos Estados Unidos para 2024, devendo bater na casa dos 0,3%. Para o ano de 2025, a estimativa é a de que haja uma melhora, com um desenvolvimento da economia norte-americana de cerca de 2,1%.
Em relação à União Europeia, o relatório de perspectivas reduziu as expectativas de crescimento econômico, do PIB, para a região. O índice passou de 0,8% para 0,6% em 2023. Para o ano que vem, 2024, o crescimento da economia na zona do Euro passou de 1,4% para 1,1%. Na Alemanha, o PIB deve encolher 0,4% este ano.
Crescimento do PIB do Brasil
O Relatório Focus do Banco Central apresentou na última segunda-feira (11/09), estimativas relacionadas ao crescimento do PIB brasileiro para 2023. A projeção para o crescimento da economia nacional passou de 2,56% para 2,64%. Aliás, espera-se que em 2024 haja uma alta de 1,47% e de 2% para os anos de 2024 e 2025.
Em síntese, a economia nacional teve um crescimento no segundo trimestre de 2023, de 0,9% em comparação com os primeiros três meses do ano. Estes dados foram apresentados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em comparação com o mesmo período de 2022, houve uma alta de 3,4%.
No acumulado de 12 meses, o PIB do país apresenta uma alta de 3,2%, e no semestre, de 3,7%. Em suma, com o bom resultado do PIB no segundo trimestre de 2023, o Brasil obteve o sexto melhor desempenho no primeiro semestre deste ano, em relação a outras 49 economias mundiais que já divulgaram seus resultados.
No primeiro semestre o PIB do país teve um crescimento de 2,7%, ficando atrás da Indonésia e da China. Elas apresentaram ambas, uma alta de 3% no período. Vale ressaltar que o primeiro país asiático, é a maior economia emergente do mundo e o segundo maior PIB global, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
Projeções sobre a economia
O mercado financeiro ficou surpreso com o crescimento do PIB nacional no segundo trimestre deste ano. Isso fez com que as estimativas de consultorias e instituições financeiras para o crescimento da economia passassem para cerca de 3% ou mais neste ano de 2023. Alguns economistas, no entanto, projetam uma alta de 2,5% do PIB.
A variação do PIB no país para este ano de 2023 está sujeita aos efeitos da redução e manutenção da taxa Selic apresentada pelo Banco Central que está em 12,25% anuais. Dessa forma, o govenro utiliza os juros para frear a inflação no país, mas em muitos casos, causa um desaquecimento da economia nacional a longo prazo.
Em conclusão, o melhor desempenho econômico do primeiro semestre ficou com Hong Kong, com uma alta de 4%. Entretanto, é preciso considerar que no ano passado ele apresentou uma redução de 3,5% em sua atividade econômica. Devido à pandemia da covid houve uma redução no PIB. Parece que agora está se recuperando.