Pfizer define preço de remédio para Covid-19 em US$ 1.390; entenda
Veja o que se sabe sobre os preços do novo remédio contra a Covid-19, recém-desenvolvido pela farmacêutica Pfizer
A farmacêutica Pfizer anunciou nesta quarta-feira (19) novos detalhes sobre os preços do remédio Paxlovid, um medicamento utilizado para combater a Covid-19. Os valores anunciados, no entanto, são validos apenas para a rede dos Estados Unidos, e consideram um período de tratamento de apenas cinco dias. O comunicado oficial foi enviado pela própria Pfizer para a agência de notícias Reuters.
De acordo com a Pfizer, o Paxlovid custará quase US$ 1,4 mil. O anúncio do valor foi feito logo depois de os estoques do governo chegarem ao fim. Assim, a partir de agora a medicação vai passar a ser vendida comercialmente.
Este patamar definido é mais do que o dobro do que foi cobrado para o governo dos Estados Unidos. Para se ter uma ideia, o governo local pagou cerca de 530 dólares pelo mesmo tratamento com Paxlovid, que durante os últimos meses foi disponibilizado de maneira gratuita para a população norte-americana.
Ainda segundo informações da Pfizer, este medicamento vai seguir sendo disponibilizado gratuitamente pelo governo dos Estados Unidos, mas por tempo limitado. A ideia é que a partir do próximo ano, os norte-americanos só encontrem o remédio em sua versão para compra.
O acordo com o governo local também prevê que o medicamento vai permanecer gratuito para os pacientes segurados pelos programas Medicare e Medicaid até o final do próximo ano. Para os pacientes não segurados, ou com seguro insuficiente, a medicação permanecerá gratuita até o final de 2028.
Importante frisar que este é o preço de tabela, e não inclui abatimentos, além de outros descontos que podem ser oferecidos para seguradoras e gestoras de benefícios.
Efeitos do remédio
Um estudo recente revelou que o risco de hospitalização e de morte em decorrência da Covid-19 é reduzido com o uso do antiviral Paxlovid. A redução, aliás, ocorre mesmo nos grupos das pessoas que estão em situação e risco como os portadores de doenças graves, idosos e os imunocomprometidos.
Este resultado foi comemorado pela Pfizer, já que foi a primeira vez que o ensaio analisou dados de efeitos na população de uso, ou seja, fora de um ambiente controlado de ensaio clínico. Segundo os dados, o medicamento reduziu em até 2,5% o risco de morte ou hospitalização em até 28 dias depois da infecção pela Covid-19, considerando apenas os pacientes indicados como vulneráveis ou de alto risco.
Ensaio clínico
O resultado vem de encontro com os números divulgados após ensaio clínico da Pfizer. Nele, o Paxlvid teria demonstrado que é possível reduzir as hospitalizações e mortes em cerca de 90% até mesmo em pessoas não vacinadas, com risco de doenças graves.
Entre os pacientes vacinados, no entanto, este mesmo ensaio clínico não teria conseguido demonstrar grandes benefícios, já que a própria teria indicado um alto nível de proteção contra a Covid-19.
Covid-19 no Brasil
A pandemia do coronavírus ainda não chegou ao fim. Mesmo que a situação não esteja mais tão dramática como em anos anteriores, o fato é que os cidadãos ainda precisam seguir regras sanitárias importantes. De acordo com especialistas, a mais importante delas segue sendo manter o calendário de vacinação devidamente atualizado.
Nesta semana, uma escola e uma creche do município de Intanhaém, em São Paulo, suspenderam as suas aulas logo depois da constatação de um surto de Covid-19, que atingiu alunos e também funcionários. Segundo a prefeitura local, todos os pacientes estão sendo acompanhados pela Vigilância Sanitária.
As instituições de ensino fechadas na cidade são:
- escola Lions Clube;
- creche vinculada Joana Maria do Nascimento.
As duas instituições ficam localizadas no bairro Iboty, e decidiram suspender as aulas desde a última terça-feira (17). Até segunda ordem, o que se sabe é que elas só serão reabertas na próxima semana.
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