INPC: inflação para famílias de baixa renda sobe em fevereiro

PÉSSIMA NOTÍCIA para famílias de renda baixa e LULA terá que resolver

Inflação acelerou em relação ao mês anterior, subindo em todos os 16 locais pesquisados

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,77% em fevereiro. A taxa acelerou em relação à variação observada em janeiro (0,46%), indicando que os consumidores do país tiveram que pagar mais caro para adquirir itens e contratar serviços no Brasil.

Em resumo, o INPC mede a variação da cesta de compras para famílias com renda de um até cinco salários mínimos, ou seja, foca nas pessoas de renda mais baixa do país. Aliás, o aumento contínuo e generalizado dos preços de bens e serviços se chama inflação, e ela ficou ainda mais intensa em fevereiro.

Vale destacar que o INPC é usado como referência para reajustes salariais e benefícios do INSS. Isso quer dizer que o governo federal promove reajustes do salário mínimo conforme a variação que o INPC apresentar. Inclusive, os reajustes devem ser, no mínimo, iguais à variação acumulada pelo indicador no ano anterior.

Assim, as famílias continuam a ter as mesmas condições de renda para continuarem comprando os mesmos itens ano após ano, pelo menos teoricamente. No entanto, o governo federal pode promover reajustes que resultem em ganhos reais para os trabalhadores, acima da inflação registrada pelo INPC.

Em fevereiro, a taxa do INPC acelerou devido à variação registrada em todos os 16 locais pesquisados, cujas taxas também aceleraram. Com o acréscimo do resultado de fevereiro, o INPC passou a acumular uma alta de 5,47% nos últimos 12 meses, abaixo dos 5,71% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Inflação sobe em todos os 16 locais pesquisados

Em fevereiro, o INPC apresentou variação positiva em todos os 16 locais pesquisados. Em outras palavras, os consumidores do país sofreram com o aumento no preço dos produtos e serviços.

Esse avanço disseminado mostra que os brasileiros tiveram que gastar mais no mês passado para adquirir itens ou contratar serviços, em comparação a janeiro. A propósito, 13 dos 16 locais pesquisados encerraram fevereiro com taxas superiores a do mês anterior. As únicas exceções foram Salvador, Belo Horizonte e Campo Grande, onde a inflação perdeu força.

Confira abaixo as taxas inflacionárias registradas nos locais pesquisados em fevereiro:

  • Curitiba: 1,02%
  • Recife: 0,96%
  • Belém: 0,90%
  • Vitória: 0,87%
  • Aracaju: 0,82%
  • Salvador: 0,81%
  • São Paulo: 0,80%
  • Fortaleza: 0,79%
  • Porto Alegre: 0,77%
  • Goiânia: 0,73%
  • Belo Horizonte: 0,73%
  • São Luís: 0,66%
  • Rio Janeiro: 0,52%
  • Rio Branco: 0,51%
  • Campo Grande: 0,48%
  • Brasília: 0,34%

Como observado acima, a inflação medida pelo INPC subiu em todos os locais pesquisados, impulsionando a taxa nacional. No acumulado dos últimos 12 meses até fevereiro, as maiores taxas vieram de: Salvador (6,99%), São Paulo (6,60%), Fortaleza (6,07%), Recife (5,70%), Aracaju (5,56%).

Apenas cinco locais pesquisados tiveram taxas inflacionárias anuais superiores à média nacional. A saber, estes cinco locais respondem por 44,6% da inflação medida pelo INPC no país. Por isso que a taxa ficou bem elevada em fevereiro, apesar de os 11 demais locais pesquisados terem registrado valores inferiores à taxa nacional no período.

INPC x IPCA

De acordo com o IBGE, existe uma diferença sutil entre os dados do INPC e do IPCA e apenas se refere ao uso do termo “amplo”. De um lado, “o IPCA engloba uma parcela maior da população. Ele aponta a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 e 40 salários mínimos”, segundo o IBGE.

Por sua vez, “O INPC verifica a variação do custo de vida médio apenas de famílias com renda mensal de 1 a 5 salários mínimos. Esses grupos são mais sensíveis às variações de preços, pois tendem a gastar todo o seu rendimento em itens básicos, como alimentação, medicamentos, transporte etc.”, informa o IBGE.

Em fevereiro, a taxa do INPC ficou mais elevada em Curitiba devido às altas registradas na energia elétrica (6,22%) e na gasolina (3,37%). A propósito, estes dois itens exercem um forte impacto negativo no IPCA em 2022, com a gasolina caindo 25,78% e a energia elétrica despencando 19,01%.

Caso o IBGE não considerasse esses itens na definição do IPCA, a inflação no Brasil teria subido 9,56% no ano passado, em vez de 5,79%, como realmente aconteceu. Isso mostra o quanto estes itens influenciam tanto o IPCA quanto o INPC, e foi justamente isso o que aconteceu em Salvador no mês passado.

Por outro lado, Brasília teve a menor taxa entre os locais pesquisados devido ao recuo nos preços da gasolina (-2,43%) e das passagens aéreas (-10,06%).

Por fim, o IBGE revelou que os preços dos produtos alimentícios subiram 0,04% em fevereiro, taxa bem inferior a de janeiro (0,52%). Em contrapartida, os produtos não alimentícios tiveram uma variação de 1,01%, ante alta de 0,4% no mês anterior.

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