Paulo Guedes defende criação de novo imposto e volta atrás minutos depois
Nesta quinta-feira (29), Paulo Guedes, ministro da Economia, voltou a defender a criação de um novo imposto sobre as transações financeiras feitas digitalmente. O ministro chamou esse novo imposto de “digitax” e deu a declaração durante audiência pública no Congresso Nacional.
O ministro negou a semelhança do possível novo imposto com a extinta CPMF (Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira). “As pessoas nem entenderam que tem um futuro digital chegando. O Brasil é a terceira ou quarta maior economia digital do mundo, nós vamos ter que ter um imposto digital mesmo”, disse ele.
Porém, ainda durante a audiência pública o ministro afirmou que, para ele, “o imposto está morto”. Guedes afirmou ainda que sem o dinheiro que viria desse novo imposto, não é possível levar adiante proposta de uma grande desoneração da folha de pagamento de empresas e não apenas dos 17 setores que já foram beneficiados com a desoneração e podem estender o benefício até o fim do ano que vem.
“O imposto está morto, ele não existe. Então, como eu não tenho fonte, eu não posso aprovar, tendo dado um parecer que, enquanto não tiver o dinheiro, eu não posso aprovar a desoneração. Do meu ponto de vista, o imposto está morto. Não tem imposto nenhum, não tem desoneração”, afirmou Guedes, minutos depois.
A declaração de Guedes foi dada uma semanas após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirma que o país não aumentou os impostos durante a pandemia e também não aumentará após a pandemia chegar ao fim. Bolsonaro deu a declaração se dirigindo a Paulo Guedes, que estava presente na cerimônia de formação de diplomatas.