ATENÇÃO, servidor! O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a criticar nesta terça-feira (12) a maneira que o funcionalismo funciona no país. Ele chamou a situação de “aparelhamento do Estado com servidores concursados.” Veja abaixo também quais benefícios podem não ser dados a novos servidores.
“Poderíamos abrir concursos públicos, colocar gente para dentro, aparelharmos o Estado e termos bastante militantes trabalhando para nós, no futuro. Não estamos pensando assim, estamos pensando nas gerações futuras”, declarou ele na Comissão de Constituição e Justiça de Cidadania (CCJ), de discussão sobre a reforma administrativa.
O texto de alteração, na realidade, retira também direitos de novos concursados como: licença-prêmio e progressão automática
Por outro lado, nem todos os grupos seriam afetados se a regra passar a valer. Já que militares e os membros de poderes, como juízes, promotores e políticos continuariam a receber estes dois benefícios normalmente.
“Queremos que esses privilégios não sejam estendidos para o futuro, mas não estamos tirando isso de ninguém. Quem já tem, que mantenha”, afirmou Guedes.
Nesta terça-feira os parlamentares debatiam a Proposta de Emenda à Constitucional (PEC) nº 32, 2020, do Poder Executivo, que pode dar um novo rumo aos servidores atuais e novos.
“Precisamos de avaliações. Elas, em nenhum momento, ameaçam nenhum funcionário público atual. Pelo contrário, vão criar os padrões pelos quais os futuros funcionários públicos serão avaliados”, declarou. Entre críticas as estabilidades dos servidores públicos”, defendeu o ministro
Ele também criticou a estabilidade dos servidores, o que ele chegou a chamar de “intocáveis”. Isso porque, segundo ele, pelo menos 90% destes trabalhadores não podem ser demitidos.
“Nós queremos avaliação pela qualidade do serviço público, carreiras meritocráticas e planos de vida. Os jovens no serviço público pensando em melhorar, receber aumentos meritocráticos, conquistar estabilidade por bons serviços”, garantiu.
Para dar embasamento a sua ideia, o ministro também apostou em generalizações.
“Que história é essa de tirar carteirinha e falar: ‘Eu que mando, olha aqui, meu salário é maior’. Nós somos servidores! Queremos carreiras meritocráticas e planos de vida”, completou o ministro.
Já a oposição fez severas críticas ao ministro e questionou porque determinado grupo teria necessidade de aumento e outro não.
“Por que a necessidade de dar aumento para militar e não para outros funcionários? São salários baixos que estão na linha direta de prestação de serviços sociais, como professores, profissionais da segurança, da saúde, entre outros”, criticou a deputada Gleise Hoffman (PT-PR).
“Não precisa acabar com a estabilidade dos servidores”, disse também o deputado Subtenente Gonzaga (PDT-MG).