No mercado de petróleo, fatores diretamente relacionados aos fundamentos do mercado, como o déficit de oferta resultante dos cortes de produção dos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+), os baixos níveis dos estoques, a baixa oferta americana e a recuperação da demanda global, que já se encontra em patamares acima do pré-Covid, mantêm pressão sobre os preços, informa o Banco Central do Brasil (BCB) em divulgação oficial.
Economia: Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+)
Além disso, os preços têm sido pressionados pelo ambiente inflacionário global e, mais recentemente, pelos desdobramentos do conflito entre Rússia e Ucrânia, analisa o Banco Central do Brasil (BCB). No mercado de carvão, o preço vinha pressionado por interrupções no suprimento da Austrália e Indonésia, além de reduções, mesmo que temporárias, na produção da China e da Índia, importantes consumidores globais da commodity.
Commodities e as tensões geopolíticas
Além desses fatores, o preço tem se elevado pelo aumento do uso da commodity na geração de energia. Além das commodities energéticas, algumas commodities agrícolas como o trigo, o milho e os fertilizantes têm sido afetados pelas tensões geopolíticas dada a relevância da Rússia e Ucrânia nas exportações globais desses produtos, destaca o documento oficial do Banco Central do Brasil (BCB).
Economias avançadas
Em economias avançadas, a inflação continua se elevando, atingindo, em quase todos os países, os maiores patamares em décadas. Nos EUA, a taxa de inflação segue em nível historicamente elevado, tendo atingido 6,1%1 em janeiro, valor muito acima da meta de 2% e a maior variação desde fevereiro de 1982, informa o Banco Central do Brasil (BCB) em seu último Relatório de Inflação (RI).
HICP: inflação ao consumidor harmonizada
Na área do euro, a inflação ao consumidor harmonizada (HICP) atingiu 5,8% em fevereiro, de acordo com estimativas preliminares, patamar mais alto desde a união monetária.
Conforme informações oficiais do Banco Central do Brasil (BCB), a persistência de gargalos nas cadeias produtivas, o prolongamento dos efeitos da reabertura da economia e a alta dos preços das commodities (especialmente energia) agravada pelo conflito no leste da Europa devem contribuir para que a inflação global siga elevada no curto e médio prazo.
A persistência das pressões inflacionárias
A persistência das pressões inflacionárias é um elemento de risco para o cenário prospectivo da política monetária dos países avançados em geral, em meio a um ambiente de maior incerteza geopolítica e, particularmente no caso da Europa, com riscos de desaceleração abrupta da atividade econômica.
Em diversos países avançados, os bancos centrais sinalizaram aceleração do processo de normalização da política monetária a partir do começo de 2022, informa o Banco Central do Brasil (BCB) através de documento oficial.