O Ministério Público Federal (MPF) obteve medidas judiciais cumpridas na manhã do dia 18/12 pela Polícia Federal (PF), em nova fase da Operação Circuito Fechado. São investigados cinco contratos realizados com Codevasf, Capes, Caesb e Prodemge, entre 2015 e 2018, que, com as prorrogações, envolvem, pelo menos, R$10 milhões.
Busca e apreensão
A Justiça Federal no DF autorizou busca e apreensão em 25 endereços no DF e em SP e determinou o afastamento de sigilos bancário de dezenas de pessoas físicas e jurídicas envolvidas, sequestro de bens e valores, além da prisão preventiva de cinco suspeitos e da prisão temporária de outros seis envolvidos.
Atuação da organização criminosa
Após a coleta das provas resultantes do cumprimento dos mandados judiciais deferidos na Operação Gaveteiro e na Operação Circuito Fechado, descobriu-se que o Ministério do Trabalho (objeto da primeira fase da investigação) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) foram apenas alguns dos palcos da organização criminosa.
Após as investigações, veio à tona um esquema criminoso bem maior, envolvendo empregados e revendedores de soluções de TI para órgãos públicos, por meio de licitações fraudadas e cooptação de servidores públicos, que eram responsáveis por direcionar as contratações, realizando pesquisas de preços viciadas e incluindo cláusulas restritivas que favoreciam as empresas participantes do esquema, além de promover prorrogações contratuais igualmente anticompetitivas. Dessa forma, cabia a eles, também, atestar a necessidade de mais horas de serviço, aumentando os valores dos contratos.
Operação Gaveteiro
A Operação Gaveteiro foi deflagrada em fevereiro deste ano, com o objetivo de apurar desvios em contratações de mais de R$78 milhões do Ministério do Trabalho, em serviços de Tecnologia da Informação (TI).
Operação Circuito Fechado
Por sua vez, a Operação Circuito Fechado foi deflagrada em setembro deste ano. A operação teve como alvo fraudes de licitações de serviços de TI, realizadas pelo Dnit em montantes superiores a R$40 milhões.
Fonte: PR/DF
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