Open Banking: Veja o que muda com a segunda fase!

O Open Banking, o novo sistema que promete revolucionar a indústria financeira, está sendo implementado no Brasil. Já a segunda fase, que seria executada nesta quinta-feira (15), foi adiada para o dia 13 de agosto. Esta segunda fase tem como principal objetivo o aumento da segurança e a proteção de dados dos clientes.

Este sistema Open Banking foca na liberação do compartilhamento padronizado de dados e serviços entre instituições financeiras reguladas. Segundo o Banco Central (BC), o sistema “deve aumentar a competitividade entre os bancos e melhorar a oferta de produtos e serviços”. O novo sistema possui mais 2 fases que devem ser colocadas em prática até dezembro de 2021.

Segundo informações, este adiamento foi solicitado pelas instituições financeiras que ainda estão finalizando os testes para implementar a nova tecnologia. “Dado que as instituições participantes estão finalizando os testes para a obtenção de certificações para homologação e registro de suas APIs, o Banco Central decidiu nesta data alterar o cronograma do início do lançamento da Fase 2 do projeto”, informou o BC.

Etapas do Open Banking

O sistema teve início no começo desse ano e foi dividido entre 4 etapas, que estão sendo implementadas ao decorrer do ano. A primeira foi colocada em prática em fevereiro, onde foram coletados dados das 1.065 instituições participantes, estes dados passaram a ser compartilhados.

A segunda etapa, que está programada para agosto, dá a oportunidade aos clientes de autorizar o compartilhamento de seus cadastros e de informações sobre suas transações financeiras com relação a contas, cartão de crédito e operações de crédito com outras instituições.

A diferença entre a primeira e a segunda etapa, é que enquanto a primeira compartilhou dados públicos, a segunda focou em compartilhar os dados privados, disse Leonardo Medeiros, head de Open Banking & Open APIs na XP Investimentos. Segundo ele, a segunda fase terá um impacto maior, já que está focada no compartilhamento de dados privados de clientes, como documentos, telefone, informações de contas, entre outros.

No dia 30 de agosto, terá início a terceira fase, a partir dela os consumidores poderão acessar serviços de pagamento fora do banco, solicitar empréstimos via app, e compartilhar históricos de informações financeiras. Já a quarta e última fase, tem início em dezembro, que amplia o conceito para Open Finance abrindo a possibilidade para compartilhar dados como operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência.

Benefícios desta nova tecnologia

Assim como o Sistema de Transferência Instantânea do Banco Central (PIX), o Open Bank também vem se mostrando efetivo, apontando redução do spread e aumento da descentralização bancária, informa Roberto Campos Neto, o presidente do Banco Central. Segundo ele, o novo sistema tende a dar mais poder ao consumidor, que poderá visualizar todo o sistema, e identificar e escolher o que for mais adequado para ele.

Segundo Neto, o Open Banking traz transparência nas operações dando autonomia ao consumidor, “No futuro, o cliente que vai montar o seu banco vai montar a sua forma de fazer intermediação financeira”, informa. O presidente informou que o ponto mais importante em negócios de finanças é conhecer o seu cliente, portanto, o futuro das negociações financeiras está ligada no compartilhamento de dados.

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