O Brasil deve receber 14 milhões de doses da vacina de Oxford contra Covid-19 da OMS (Organização Mundial de Saúde) a partir do mês de fevereiro. O anúncio foi feito pelo Ministério da Saúde do governo federal e o envio será feito através do consórcio internacional Covax Facility, que distribuirá imunizantes de forma justa e igualitária para todos os países.
A Covax Facility é um consórcio global promovido pela OMS com objetivo de distribuir vacinas contra Covid-19 de forma justa e igualitária Segundo a iniciativa, a imunização global contra o novo coronavírus é uma corrida que “ninguém ganha até que todos ganhem”. O consórcio reúne cerca de 190 países, sendo 92 deles de baixa renda, como Afeganistão, Etiópia e Haiti.
Através da Covax Facility, países ricos destinam recursos e apoiam as nações com mais vulnerabilidades e dificuldades no enfrentamento à pandemia de Covid-19. O Canadá, por exemplo, comprou doses de vacinas suficientes para imunizar toda sua população seis vezes e já declarou que o excedente dos imunizantes será doado para a Covax.
Até o final de 2021, a expectativa é que o Brasil receba do consórcio 42,5 milhões de doses de vacinas contra Covid-19, o que seria suficiente para imunizar 10% da população do Brasil, segundo o Ministério da Saúde.
Para ter acesso às vacinas e ajudar países mais necessitados no combate ao coronavírus, o Brasil deve pagar cerca de R$2,5 bilhões, em parcelas. Na Aliança, o Brasil é classificado como uma economia com “autofinanciamento potencial”, com cerca de outros 80 países.
Covax distribui vacinas contra Covid-19
Como a pandemia de Covid-19 gerou uma escassez de vacinas no mundo, o consórcio Covax Facility é de fundamental importância de acordo com especialistas. Isso porque a aliança promove distribuição justa e igualitária de vacinas, possibilitando que países pobres tenham acesso aos imunizantes.
No último sábado 30), o vice-diretor da Organização Pan-americana de Saúde (Opas), braço da OMS nas Américas, Jarbas Barbosa, disse que a entrega das vacinas pela Covax seria iniciada em meados de fevereiro aos países participantes do consórcio.
“Para os países das Américas que participam do mecanismo, todos com exceção dos EUA, serão entregues entre 35,3 milhões a 52,9 milhões de doses. Para o Brasil, nossa estimativa é de entregar entre 10,6 milhões e 14,2 milhões de doses nessa primeira fase. A partir daí, serão entregas mensais até alcançar o percentual da população que cada país solicitou”, escreveu em publicação em rede social.
Para dar conta de distribuir as vacinas, a OMS tem acordo para adquirir 150 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca e 40 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech. A Covax ainda deve comprar imunizantes de outras fabricantes e a expectativa é que até o final de 2021 sejam distribuídas 2 bilhões de doses através da iniciativa.