A Olimpíada de Matemática da Unicamp (OMU) 2021 recebem inscrições até o próximo dia 9. Os interessados podem efetivar o seu cadastro diretamente no site oficial da competição.
A saber, nesta edição, a OMU propõe um formato diferente de todas as outras. Desta vez não haverá a aplicação da prova escrita tradicional e nem será presencial com as típicas quatro horas de duração.
Na versão deste ano os participantes terão uma semana para resolver cada fase da competição. Essa resolução poderá acontecer em grupo, formado com até três pessoas. Os integrantes, nesse sentido, deverão debater todas as questões de forma remota em conjunto dentro do período proposto.
O objetivo é facilitar a participação de alunos de todo o Brasil durante a pandemia. “Esse formato de prova abre espaço para algo fundamental a um matemático, que é formular, discutir e resolver problemas. Por isso, cada fase tem uma semana de duração para que os grupos discutam, pesquisem, se apoiem em referências bibliográficas para chegarem às respostas”, afirma Marcelo Firer, coordenador da OMU.
Olimpíada da Unicamp na pandemia
De acordo com o professor de matemática, Otávio Salles, a pandemia trouxe uma nova realidade para a realização da Olimpíada de Matemática da Unicamp. Segundo ele, fazia parte do cronograma de outros anos anteriores levar seus alunos até Campinas para participarem da avaliação.
“Era muito legal levar os alunos. Juntar um ônibus e levar. Ia muito aluno. Eles animavam de estar em Campinas, conhecer a cidade e interagir com colegas de outros estados”, recorda o educador.
Salles coordena o Programa Orientador do Desenvolvimento do Ensino da Matemática Olímpica e Seriada (Podemos), grupo de estudo voltado a alunos que querem participar de olimpíadas. O projeto envolve vários alunos de escolas públicas. “Não são alunos ricos que têm condições de pagar um professor particular. São alunos muito interessados em estudar”, diz.
Segundo o professor, a pandemia trouxe para o seu grupo estudantes que antes não podiam participar por questões geográficas. “Venho falando há dez anos – quando sugiram os smartphones – que essa é a revolução do ensino”, destaca. Ele alerta, porém, que a maioria das pessoas não está preparada para estudar em tempos de pandemia. A educação, ela necessita desse elemento afetivo e a internet esfria tudo, acho uma limitação muito séria”.
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