O que dizem Lula e Bolsonaro sobre renegociação de dívidas

O que dizem Lula e Bolsonaro sobre renegociação de dívidas

Novos dados da CNC apontam para um crescimento do endividamento no Brasil. Confira os dados detalhados

Quase 8 em cada 10 brasileiros estão endividados no Brasil. Ao menos é o que aponta um novo levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Sem dinheiro sequer para comprar itens básicos como comida e bebida, boa parte da população está precisando deixar as contas para um segundo momento, já que não é possível pagá-las.

Nesse sentido, muita gente quer saber se o Governo está planejando algo para ajudar estas pessoas. Abaixo, você pode conferir o que os candidatos Lula (PT) e Bolsonaro (PL) estão prometendo para o público que está endividado.

Bolsonaro

O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) não fala diretamente sobre o assunto em seu plano de governo. Ao menos no projeto que está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele apenas critica os modelos adotados pelas gestões anteriores.

De qualquer forma, é importante lembrar que a Caixa Econômica Federal anunciou a criação de um programa de renegociação de dívidas. Segundo a presidente da instituição, Daniella Marques, a ideia é ajudar a perdoar até 95% de algumas despesas.

O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) também liberou o consignado para os usuários do Auxílio Brasil. Ainda segundo Daniella Marques, os inadimplentes podem usar o saldo para pagar as suas dívidas.

Lula

O ex-presidente Lula diz em seu projeto no TSE que deve criar um programa nacional de renegociação de dívidas que deve se chamar Desenrola.

“Vamos promover a renegociação das dívidas das famílias e das pequenas e médias empresas por meio dos bancos públicos e incentivos aos bancos privados para oferecer condições adequadas de negociação com os devedores”, diz o documento.

“Os credores que aceitarem participar do programa deverão oferecer opções de desconto, sendo que os que oferecerem o maior terão prioridade”,  completa o texto.

Dados sobre endividamento

Dados da CNC apontam que 79,3% das famílias estavam endividadas em setembro. Quando se compara os dados atuais com o mês de agosto, o aumento foi de 0,3 pontos percentuais. Já em relação aos dados do ano passado, o aumento foi de 5,3%. Por todos os ângulos da pesquisa, o que se vê é uma piora na situação do endividamento das pessoas em todo o país.

Os números são piores quando se considera a situação dos mais pobres. Ainda conforme os dados da CNC, é possível afirmar que entre as pessoas com renda inferior a 10 salários mínimos, o endividamento elevou-se para a casa dos 80% pela primeira vez, desde que o levantamento começou a ser feito oficialmente.

“É possível verificar que a melhora gradual do mercado de trabalho, as políticas de transferência de renda e a queda da inflação nos últimos dois meses são fatores que geram maior disponibilidade de renda para as famílias. Por outro lado, podemos observar que o alto nível de endividamento e os juros elevados afetam, sobremaneira, o orçamento das famílias de menor renda, ao encarecerem as dívidas já contraídas”, disse o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

A pesquisa em questão considera dados de endividamento no cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, além das prestações de carro e da casa. Boa parte da população brasileira possui dívidas atrasadas em ao menos algum destes itens.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Obrigado por se cadastrar nas Push Notifications!

Quais os assuntos do seu interesse?