O pedido do Palmeiras ao presidente da CPI das apostas

O pedido do Palmeiras ao presidente da CPI das apostas esportivas

Segundo informações de bastidores, membro do Palmeiras entrou em contato com relator da CPI das apostas

Nesta segunda-feira (22), o Palmeiras se movimentou nos bastidores para tentar impedir a convocação de um dos seus jogadores mais populares para a CPI das apostas esportivas. De acordo com informações da imprensa, a direção do clube paulista entrou em contato com o relator da Comissão, o deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE).

Nos últimos dias, alguns jornalistas noticiaram que o deputado federal Luciano Vieira (PL-RJ) tinha protocolado um requerimento oficial para tratar sobre a possibilidade de convocação do volante Gabriel Menino para depor na CPI. Imediatamente depois da divulgação da notícia, o gerente de futebol do Palmeiras, Cícero Souza entrou em contato com Carreras para falar sobre o assunto.

Menino não chegou a ser citado em nenhum momento nas investigações sobre manipulação de jogos em nenhuma fase da Operação Penalidade Máxima. Na avaliação do Palmeiras, o deputado federal deu uma justificativa genérica para a convocação do atleta, que, ainda segundo o clube, não teria nada a acrescentar ao processo de investigação.

A diretoria do Palmeiras teme que o jogador não consiga se portar de maneira positiva diante dos questionamentos que serão realizados pelos parlamentares na CPI. Do ponto de vista do futebol, ainda há uma preocupação com a data da liberação do atleta para a audiência, que poderia tirar o jogador de alguma rodada de uma competição importante.

Seja com for, informações de bastidores dão conta de que o time paulista pode ficar tranquilo. O gerente de futebol do Palmeiras teria ouvido de Carreras que protocolar convocações de jogadores não significa necessariamente que o atleta vai mesmo ser convocado, e frisou que as convocações genéricas não serão aceitas.

Convocação de jogadores

Gabriel Menino, no entanto, não foi o único atleta a ter um requerimento de convocação apresentado pelos deputados federais. Outros nomes que representam diferentes clubes brasileiros também estão na lista de atletas que poderão ter que comparecer a uma audiência da CPI. Veja abaixo:

  • Richard Coelho (Cruzeiro);
  • Nino Paraíba (América-MG);
  • Leone Barros (Maranhão);
  • Gabriel Menino (Palmeiras);
  • Eduardo Bauermann (Santos);
  • Matheus Gomes (Sem clube);
  • Fernando Neto (São Bernardo);
  • Gabriel Tota (Ypiranga);
  • Igor Cariús (Sport);
  • Paulo Miranda (Sem clube);
  • Victor Ramos (Chapecoense).

Além de jogadores de futebol, os parlamentares também indicaram que podem convocar para audiências os presidentes do Flamengo, Rodolfo Landim e do Fluminense, Márcio Bittencourt. Há também uma possível convocação do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Segundo os deputados, ele poderia explicar como funcionam as movimentações financeiras das casas de aposta.

“Acho que este problema aflorou mais com apostas eletrônicas, que facilitou o livre acesso e também para que os jogadores sejam corrompidos. Em 2005 teve a Máfia do Apito, mas era uma coisa mais específica, localizada. Hoje acaba aumentando, tem apostadores de cartão amarelo, de lateral… isto aí é o submundo das apostas”, disse o presidente da CPI, o deputado Júlio Arcoverde (PP-PI).

Atraso na taxação das apostas

A própria existência da CPI das apostas esportivas deve atrasar o plano do Governo Federal de estabelecer uma regulação para o setor. Embora a Medida Provisória (MP) sobre o tema já esteja pronta, o fato é que a avaliação interna é de que só será possível debater uma regulação depois da conclusão das investigações.

Dentro do texto da regulação, há a proposta de criar uma taxação para as empresas de apostas esportivas no Brasil. Esta imposição de impostos também só deve começar a ser discutida de fato depois de toda a conclusão do trabalho da CPI das apostas. Até lá, seguem valendo as regras atuais.

No Brasil, os sites de apostas estão liberados para atuar desde 2018. Contudo, ainda não há uma regulação específica para o setor. Segundo analistas, esta ausência de regras pode acabar gerando mais fraudes dentro deste sistema.

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