O Governo Federal começou na última semana os pagamentos do seu mais novo Auxílio Brasil. Para quem não sabe, esse é o programa que está substituindo o Bolsa Família já a partir deste mês de novembro. De acordo com o próprio Ministério da Cidadania, algo em torno de 14,5 milhões de pessoas estão recebendo esse dinheiro agora.
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O plano do Palácio do Planalto é aumentar esse número de usuários. A ideia é fazer os pagamentos para cerca de 17 milhões já a partir do próximo mês de dezembro, ou seja, no segundo repasse do Auxílio Brasil. Mas isso não vai mudar o fenômeno de queda no número de usuários que são atendidos pelo Governo Federal.
E quem mostra isso são os próprios dados do Ministério da Cidadania, que é a pasta que responde pelo benefício em questão. De acordo com as informações oficiais, o Governo Federal começou a pagar o Auxílio Emergencial para cerca de 68 milhões de pessoas. O número foi caindo com o passar dos meses. Veja:
Junho/2020: 74 milhões de pessoas
setembro/2020 : 44 milhões de pessoas
abril/2021: 43 milhões de pessoas
outubro/2021: 40 milhões de pessoas
novembro/2021: 14 milhões de pessoas
Como visto, o número de usuários que recebem algum benefício do Governo Federal foi caindo com o passar do tempo nesta pandemia. Esses dados consideram apenas o número de usuários que estevam recebendo ou o Auxílio Emergencial ou o Bolsa Família com o passar do tempo.
O número foi caindo independente da melhora na situação da pandemia do novo coronavírus. No início deste ano, por exemplo, o Governo Federal chegou a cortar o Auxílio Emergencial exatamente no pior momento do período pandêmico por aqui. Agora, o novo corte acontece no pior momento da inflação.
Aumento de preços
A preocupação maior neste momento com o fim do Auxílio Brasil é justamente a questão do aumento do custo de vida no país. É que, como se sabe, uma série de itens indispensáveis estão ficando mais caros nos últimos meses.
Vale lembrar aqui, por exemplo, do valor do botijão de gás, que está crescendo todos os meses desde o início deste ano. Há ainda reclamações quanto ao aumento do preço da cesta básica, do combustível e até mesmo da conta de luz.
O Auxílio Emergencial também chegou ao fim em um momento de alta do desemprego. Embora o país esteja gerando trabalho, o ritmo de recuperação ainda é lento. Milhões de brasileiros não estão conseguindo trabalhar.
Novo Auxílio Brasil
Em entrevista há cerca de 5 meses, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que não era contra uma nova prorrogação do Auxílio Emergencial. Mas ele deixou claro que isso só aconteceria se a situação da pandemia não melhorasse.
Aparentemente, os números da Covid-19 no país baixaram. Embora a maioria dos especialistas em infectologia ainda recomendem cuidados, acredita-se que a vacinação em massa tenha ajudado na luta contra o vírus.
Com essas notícias, o Governo achou melhor não prorrogar o Auxílio Emergencial. Vale lembrar que esse programa entrou em cena ainda em 2020 com o objetivo claro de evitar que os informais ficassem sem renda por causa da pandemia.