O número total de usuários atendidos por programas e auxílios sociais do Governo Federal caiu drasticamente nos últimos dois anos. Quem revela isso são os dados do próprio Palácio do Planalto. De acordo com os números, mais de 56 milhões perderam os seus benefícios entre 2020 e 2022.
De acordo com o Ministério da Cidadania, os números foram caindo porque a quantidade de vagas para esses programas sociais também caíram na mesma proporção com o passar do tempo. Além disso, em poucos momentos o Governo abriu novas inscrições para entradas de usuários que não estavam recebendo nada.
Aqui se considera apenas os pagamentos de três dos principais benefícios do Governo: o Auxilio Emergencial, o Bolsa Família e o vale-gás nacional. Alguns deles chegaram ao fim, outros estão começando a fazer pagamentos agora e um outro acabou sendo substituído. Tudo de acordo com o próprio Palácio do Planalto.
Em 2020, o número de pessoas atendidas por pelo menos um desses benefícios chegou a 72 milhões de indivíduos. Isso incluía os 68 milhões que receberam ao menos uma parcela do Auxílio Emergencial e os 4 milhões que seguiram recebendo o Bolsa Família neste meio tempo. A situação sofreu uma queda em 2021.
Para o ano seguinte, o Governo Federal decidiu retomar os pagamentos do Auxílio Emergencial ainda em abril. Mas o número de usuários do programa acabou caindo para a casa dos 39 milhões, arredondando para cima. Isso somado com os 4 milhões que seguiram no Bolsa Família, chegando ao total de 43 milhões de pessoas.
A situação em 2022
Para o ano de 2022, o Governo Federal não vai ter mais os pagamentos nem do Auxílio Emergencial e nem da antiga versão do Bolsa Familia. No lugar, eles deverão colocar o vale-gás e o Auxílio Brasil apenas.
Com isso, o número de atendidos por algum programa social no país vai cair pelo segundo ano consecutivo. De acordo com dados do próprio Ministério da Cidadania, estima-se que a quantidade de usuários será de, no máximo, 18 milhões.
Número de pessoas atendidas por algum projeto social no Brasil (Auxílio Emergencial, Bolsa Família, Auxílio Brasil e/ou vale-gás)
2020 – 72 milhões
2021 – 43 milhões
2022 – 18 milhões
Número pode subir esse ano?
É pouco provável que o número de pessoas atendidas por algum projeto do Governo Federal esse ano suba mais do que esse teto de 18 milhões. Acontece que o próprio Ministério diz que não tem orçamento para isso.
Vale lembrar que o presidente Jair Bolsonaro vetou o dispositivo que impedia a formação de filas no Auxílio Brasil. Então, isso faz a projeção de usuários no projeto cair de cerca de 20 milhões para pouco menos de 18 milhões.
Auxílios para 2023
Para o ano de 2023, o cenário é incerto. Pelo que se sabe, a PEC dos Precatórios exige que o Governo Federal siga pagando pelo menos um auxílio de forma permanente para a população carente na ocasião.
Mas, ainda não há informações se será ou não o Auxílio Brasil. A grande verdade é que tudo isso vai mesmo depender do Governo que vai entrar em cena a partir de 2023, seja ele comandado por Bolsonaro ou não. É o que se sabe até este momento. Mas tudo pode mudar.