Economia

Nubank tem prejuízo de US$ 45,1 milhões neste trimestre; inadimplência é alta

O Nubank divulgou nesta semana o relatório do primeiro trimestre de 2022. O levantamento considera todos aspectos financeiro da fintech, a começar com o seu prejuízo líquido de US$ 45,1 milhões (R$ 228,47 milhões).

Embora o montante seja exacerbado, o resultado é positivo, uma vez que a quantia representa uma redução de 9% em comparação ao mesmo período no ano passado. Além disso, incluindo as despesas nas reservas legais e tributárias, o lucro líquido seria de US$ 10,1 milhões (51,16 milhões).

Todavia, em comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o índice de inadimplência do banco digital também subiu, atingindo 4,2% em março de 2022. O resultado corresponde a uma alta de 1,5 ponto percentual em relação aos 2,7 do primeiro trimestre de 2021.

Contudo, mesmo com a alta, a inadimplência do banco ainda é menor em relação a média dos bancos tradicionais brasileiros, sendo de 5%, conforme o último levantamento. Ademais, a ampliação é um reflexo da expansão da carteira de crédito da instituição financeira.

Resultados positivos do Nubank no 1º trimestre de 2022

Embora o Nubank tenha tido prejuízos altíssimos, o seu rendimento foi satisfatório, com uma ampliação a nível de clientes em 5,7 milhões, totalizando 59,6 milhões de correntistas no Brasil, no México e na Colômbia. O aumento representa 61% em relação ao mesmo período do ano passado.

“Esse foi o trimestre mais forte na história do Nu. Alcançamos cerca de 60 milhões de clientes e uma taxa de atividade recorde de 78%. Nossa fórmula de geração de receitas ajudou a impulsionar o resultado trimestral, que alcançou o valor recorde de US$ 887 milhões com baixo custo de aquisição de clientes, aumento da receita por cliente e redução do custo de serviço”, diz David Vélez, fundador e CEO do Nubank, em nota.

Segundo o banco digital, a ampliação é graças, principalmente, a procura em 400% dos empréstimos pessoais. “Nossa carteira de crédito teve expansão significativamente superior à do mercado e manteve níveis de qualidade saudáveis. Esse resultado é fruto do nosso avançado modelo de risco e de nosso portfólio de crédito disciplinado e resiliente, especialmente considerando as condições macroeconômicas atuais “, completa Vélez.