De acordo com o anúncio feito nessa quinta-feira (27), o fundo americano Base10 partners passou a fazer parte do time de investidores do Nubank. O fundo americano aposta no investimento como um incentivo para que a fintech promova ainda mais a diversidade dentro da empresa.
O Nubank é uma entre as sete companhias que receberam aporte da empresa de venture capital por meio do Advancement Initiative Fund, fundo de US$ 250 milhões, para a promoção da diversidade no setor de tecnologia. O banco digital é conhecido por promover a diversidade e inclusão.
Maior companhia de capital de risco do Vale do Silício liderado por uma pessoa negra, o Base10 Partners foi cofundado por Adeyemi Ajao, seu sócio-gestor. Espanhol de origem nigeriana, Ajao vive em San Francisco e foi um dos primeiros investidores do Cabify, aplicativo de transporte, lançado em 2011.
O Base10 quer apoiar startups em estágio avançado que se comprometam a desenvolver pessoas de grupos minorizados, conectando-os com mentores, estágios e empregos. Além disso, a empresa é reconhecida por investir em companhias de impacto social e econômico para a comunidade nas quais estão inseridas.
“Desde a fundação do Nubank, sabemos que formar times fortes e diversos era peça fundamental para cumprirmos a nossa missão de revolucionar o sistema financeiro na América Latina”, diz David Vélez, fundador e CEO do banco.
“Receber o Base10 Partners em nosso grupo de investidores é mais um passo nessa direção e um reconhecimento de nosso compromisso social e econômico”, disse o CEO do Banco. O valor do investimento não foi revelado, mas o Nubank se mostrou muito feliz com o reconhecimento.
Segundo o Nubank, a startup sempre acreditou muito na diversidade e inclusão como uma ferramenta importante para o crescimento do banco. Assim, de acordo com a fintech, é clara a vantagem competitiva de desenvolver produtos para todos os brasileiros através de times que refletem a pluralidade que compõe a sociedade.
O Nubank se comprometeu a destinar R$ 20 milhões para medidas de combate ao racismo estrutural no Brasil e estabeleceu a meta de contratar 2 mil pessoas negras até 2025, delas, 22% para cargos de gerência. A empresa se mostrou comprometida com a causa, após ter se envolvido em uma polêmica relacionada a questões raciais.
No dia 19 de outubro, durante participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, Cristina Junqueira, cofundadora da fintech, disse que o Nubank não possuía políticas afirmativas de contratação de pessoas negras. Pois, segundo ela, o nível da empresa é alto e uma política como essa poderia “nivelar por baixo” a companhia.
A declaração repercutiu mal nas redes sociais e a empresa reconheceu o erro. Deste modo, a empresa publicou um vídeo em suas redes sociais, no qual pede desculpas, e depois, divulgou uma carta feita pelos três fundadores da companhia onde também pediam desculpas.
Além disso, eles anunciaram que fecharam uma parceria com o Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) para “ampliar nosso entendimento sobre o tema, firmar nosso engajamento público e contínuo e acelerar a promoção da igualdade racial no Nubank“.
“Ficamos muito entusiasmados com o engajamento e a energia de todos no Nubank para aprender mais sobre o tema e agir. Estamos empenhados em formar e atrair líderes negras e negros para as nossas posições de liderança, diretoria e conselho”, afirmou Cristina, no documento.