Novos números do Desenrola surpreendem o Serasa. Confira

Acessos ao Desenrola pelo sistema do Serasa atingiu importante marca apenas alguns dias depois de lançamento do novo sistema

Dias depois do seu lançamento, a plataforma Serasa Limpa Nome alcançou a marca de 1,065 milhão de manifestações de interesses nas ofertas do Desenrola Brasil. Trata-se do programa do governo federal que ajuda no processo de negociação de dívidas de pessoas que estão em situação de inadimplência.

A nova marca foi atingida apenas uma semana depois do anúncio da parceria entre o Ministério da Fazenda e o Serasa em relação ao Desenrola. A ideia da pasta foi justamente tentar aumentar a capacidade de alcance do programa de negociação de dívidas. O sistema alcançou a marca de 1 milhão de acessos na noite desta quinta-feira (22).

O acesso

Qualquer cidadão que está em situação de inadimplência pode acessar o app ou site do Serasa. Através deste canal, é possível consultar as suas dívidas e, se houver possibilidade, ele poderá entender quais são as condições de negociação do valor através do sistema do Desenrola.

De acordo com informações do governo federal, é possível obter descontos de até 96% no valor da dívida, caso haja possibilidade de pagar o saldo à vista. De todo modo, também é possível dividir o valor em até 60 vezes, com juros de até 1,99% ao mês.

Quem pode participar

Nesta nova etapa, podem participar do programa as pessoas da Faixa 1, quando as negociações são feitas diretamente no site do programa federal.

São pessoas que recebem até dois salários mínimos, ou seja, R$ 2.824 este ano, ou que estejam inscritas no sistema do Cadúnico do governo federal. Vale sempre lembrar que é preciso que a dívida tenha sido contraída entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022.

O valor total da dívida também não pode ter ultrapassado a marca de R$ 20 mil. O cidadão poderá negociar o pagamento de débitos como:

  • dívidas bancárias;
  • cartão de crédito;
  • energia;
  • água;
  • telefonia;
  • comércio varejista.

Os setores que mais tiveram negociações registradas no Desenrola foram:

  • serviços financeiros (R$ 6 bilhões);
  • securitizadoras (quase R$ 860 milhões);
  • comércio (R$ 453 milhões);
  • contas de luz (quase R$ 254 milhões).
Novos números do Desenrola surpreendem o Serasa. Confira
Dívidas da conta de luz podem ser negociadas através do Desenrola. Imagem: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Desenrola

A versão original do Desenrola Brasil foi lançada pelo governo federal ainda em 2023. A ideia do programa é ajudar as pessoas endividadas no processo de negociação das suas dívidas, junto aos seus credores. Ao limpar o nome dos cidadãos, o governo esperar retomar o potencial de consumo destas pessoas.

Inicialmente, o programa foi criado para durar até o final do ano de 2023. Contudo, o Ministério da Fazenda optou por estender o prazo de negociação para a Faixa 1 por mais três meses. Assim, o Desenrola para pessoas físicas permanecerá ativo, pelo menos, até o final de março de 2024.

Estima-se que mais de 1 milhão de débitos tenham sido totalmente negociados através do sistema do Desenrola. Os valores que somaram R$ 2,1 bilhões acabaram sendo quitados por pouco mais de R$ 262 milhões.

Nova versão do Desenrola

O ministro do Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, Márcio França (PSB), voltou a falar nesta semana sobre a nova fase do Desenrola. Trata-se do programa do governo federal que ajuda no processo de negociação das dívidas dos brasileiros.

De acordo com França, a ideia é atender cerca de 8 milhões de empresas e de microempresas na nova etapa de negociação de dívidas. O microempreendedores individuais, mais conhecidos como MEIs, por exemplo, poderão participar do sistema nesta nova fase.

“O presidente Lula me encomendou algumas tarefas, dentre as quais criar um Desenrola específico para pessoa jurídica. O Haddad está muito otimista com relação aos números e a gente acho que nesse primeiro trimestre já tem condição de fazer alguma coisa para isso”, disse França.

A ideia de criar um “Desenrola” para empresas foi inicialmente defendida publicamente pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. De todo modo, de lá até aqui quase nada saiu do papel sobre o tema.

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