NOVO salário mínimo com valor de R$ 1.169 para 2022
A definição do salário mínimo é uma temática bastante discutida na administração pública, que avalia os indicativos da inflação para corrigir o valor.
Nesta semana, o Governo Federal lançou a sua previsão para o salário mínimo de 2022. Segundo a equipe técnica, o piso nacional será reajustado para R$ 1.169, não trazendo ganhos reais a remuneração.
A definição do salário mínimo é uma temática bastante discutida na administração pública, que avalia os indicativos da inflação para corrigir o valor. Todavia, essa metodologia não será utilizada para 2022, acrescentando apenas R$ 69 ao atual piso nacional (R$ 1.1.00).
O que isso pode acarretar ao trabalhador brasileiro?
De modo geral, o novo salário mínimo não trará aumento real ao cidadão, uma vez que o país se encontra em uma situação de alta inflacionária. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), atualmente a inflação está em 6,2%.
Este índice faz com que os preços dos produtos da categoria básica sejam elevados, como materiais alimentares, gás de cozinha, gasolina, entre outros. Segundo uma pesquisa realizada pelo Dieese, o atual salário mínimo é inferior cinco vezes a remuneração ideal para um trabalhador brasileiro.
No primeiro semestre do ano, o Governo havia definido um piso nacional de R$ 1.147 para 2022, que logo foi defasado devido ao aumento da inflação. Para todos os efeitos, a nova atualização é somente uma especulação, podendo ser alterada ainda até janeiro do próximo ano.
Salário mínimo e economia brasileira
Aumentar o salário mínimo significa um gasto maior para o Governo Federal. Considerando que a correção traria mais investimento de recursos tirados dos cofres públicos, a equipe técnica prevê cautela neste momento.
Isso porque, estima-se que a cada R$ 1 acrescentado ao piso nacional, uma despesa de mais de R$ 50 milhões é gerada nos cofres da União. Além disso, a correção também altera o valor de benefícios governamentais.
Abonos como os concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), seguro desemprego e PIS/Pasep, por exemplo, se baseiam no salário mínimo em vigência para determinar o valor de seus benefícios. Neste sentido, o reajuste impactará o Governo Federal em uma proporção maior.