O novo Bolsa Família pode ter reajuste automático, segundo o relator da proposta, o deputado Marcelo Aro. O deputado pretende criar um dispositivo para o reajuste automático do benefício a fim de evitar perdas para a inflação, alterando as faixas da pobreza e extrema pobreza conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA).
“A MP [do Auxílio Brasil] é uma carta de boas intenções, mas ele não fala em números; não delimita o que é pobreza e extrema pobreza, por exemplo. O texto precisa trazer valores definidos e uma correção natural, como pela inflação, para que o cidadão saiba de fato o que vai acontecer”, disse.
De acordo com o deputado, atualmente no Bolsa Família o valor só é reajustado conforme a vontade do Governo Federal. Entretanto, sua proposta contraria o plano do governo de não criar aumento permanente das despesas públicas.
Desde o ano passado, o presidente da república, Jair Bolsonaro, vem prometendo um novo programa de transferência de renda com valores elevados. Segundo o chefe do estado, o Auxílio Brasil terá um benefício médio entre R$ 250 a R$ 400.
A última correção no salário médio do Bolsa Família ocorreu ainda no governo do ex-presidente Michel Temer, em 2018. As mudanças foram acompanhadas do reajuste nas faixas de pobreza.
Nesta segunda-feira (20), o ministro da Cidadania, João Roma, disse durante um evento promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), que é “inadmissível” que cidadãos passem fome no Brasil.
Segundo a sua concepção, o Auxilio Brasil vai solucionar as dificuldades do cidadão de baixa renda, a ponto de suprir suas necessidades através de direitos básicos para uma melhorar qualidade de vida.
“Auxílio Brasil visa dar uma resposta mostrando que as pessoas podem encontrar no Estado um parceiro para solucionar as dificuldades. Os programas de transferência sem dúvida foram um avanço e o que nós buscamos é que esse programa propicie as ferramentas necessárias para o cidadão ter os direitos básicos para melhorar de vida”, reforçou.