O Governo Federal anunciou o reajuste dos auxílios de fomento tecnológico e de extensão. De acordo com as informações oficiais, os patamares de pagamentos podem subir em até 94% a depender do grupo atendido. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq) estima que mais de 6,5 mil bolsistas serão beneficiados.
O aumento varia de acordo com a modalidade de estudo a que o aluno atende. Mas de antemão, o Governo Federal já confirmou que todos eles deverão receber o saldo já a partir do próximo mês de agosto deste ano. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação confirma que oito modalidades serão atendidas.
Tais modalidades variam desde a formação de recursos humanos até atividades de extensão na comunidade. No último mês de fevereiro, o Governo Federal chegou a anunciar que:
- Auxílios de mestrado passariam de R$ 1,500 para R$ 2.100;
- Bolsas de doutorado passariam de R$ 2.200 para R$ 3.100.
Ainda segundo o Ministério, para bancar o aumento na bolsa, o Governo Federal vai precisar desembolsar R$ 202 milhões. Tais recursos serão oriundos do CNPq, do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e de instituições parceiras como Embrapa e Fiocruz, por exemplo.
“As bolsas de fomento tecnológico e extensão inovadora constituem mais um instrumento para a transferência de conhecimento e geração de inovação”, disse a Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos (PCdoB).
“O reajuste que anunciamos hoje reflete o compromisso do nosso governo com as pesquisadoras e pesquisadores do país e com a ciência como instrumento para a superação dos mais diferentes desafios e como pilar do desenvolvimento nacional, sendo a inovação um dos principais elementos da política de reindustrialização do Brasil em novas bases tecnológicas”, completou a ministra em nota.
O tamanho dos reajustes nos auxílios
Abaixo, você pode ver a lista completa de reajustes em cada uma das áreas de atuação:
Iniciação Tecnológica e Industrial
- Nível A: de R$ 400 para R$ 700;
- Nível B: de R$ 161 para R$ 300.
Desenvolvimento Tecnológico e Industrial
- Nível A: de R$ 4.000 para R$ 5.200;
- Nível B: de R$ 3.000 para R$ 3.900;
- Nível C: de R$1.100 para R$ 1.430.
Apoio à Difusão do Conhecimento
- Nível 1A: de R$ 4.000 para R$ 5.200;
- Nível 1B: de R$ 3.000 para R$ 3.900;
- Nível 1C: de R$ 1.100 para R$ 1.430;
- Nível 2A: de R$ 483 para R$ 700;
- Nível 2B: de R$ 241 para R$ 300;
- Nível 2C: de R$ 161 para R$ 200.
Iniciação ao Extensionismo
- de R$ 360 para R$ 700.
Especialista Visitante
- Nível 1: de R$ 5.000 para R$ 6.500;
- Nível 2: de R$ 3.500 para R$ 4.550;
- Nível 3: de R$ 2.500 para R$ 3.250.
Extensão no País
- Nível A: R$ 4.000 para R$ 5.200;
- Nível B: R$ 3.000 para R$ 3.900;
- Nível C: R$ 1.100 para R$ 1.430.
Apoio Técnico em Extensão no País
- Nível A: de R$ 550 para R$ 770;
- Nível B: de R$ 400 para R$ 560.
Fixação e Capacitação de Recursos Humanos
- Nível A: de R$ 6.000 para R$ 7.800;
- Nível B: de R$ 5.000 para R$ 6.500;
- Nível C: de R$ 4.500 para R$ 5.850;
- Nível D: de R$ 4.000 para R$ 5.200;
- Nível E: de R$ 3.500 pra R$ 4.550;
- Nível F: de R$ 3.000 para R$ 3.900;
- Nível G: de R$ 2.500 para R$ 3.250;
- Nível H: de R$ 1.500 para R$ 1.950;
- Nível I: de R$ 800 para R$ 1.040.
Aumento foi promessa de campanha
Vale lembrar que a elevação do valor dos auxílios do CNPq foi uma das principais promessas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições do ano passado.
“A Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) tem um caráter estratégico e central para o Brasil se transformar em um país efetivamente desenvolvido e soberano, no caminho da sociedade do conhecimento. Essa diretriz é fundamental para nosso governo e implica combinar educação universal de qualidade, pesquisa científica básica e tecnológica, inovação e inclusão social. Para tal, é necessário recompor o sistema nacional de fomento do desenvolvimento científico e tecnológico, via fundos e agências públicas como o FNDCT, o CNPq e a CAPES”, diz o plano de governo do petista.