De acordo com um ranking brasileiro, a recuperação judicial da Americanas será a quarta maior do Brasil ao ser sancionada. A dívida da empresa é de aproximadamente R$ 43 bilhões, estando abaixo somente da Odebrecht (R$ 80 bilhões), da Oi (R$ 65 bilhões), bem como da Samarco (R$ 55 bilhões).
O pedido, com caráter urgente, foi feito quinta-feira (19). A Americanas relatou que conta com cerca de 16.300 credores, provavelmente que serão apresentados a qualquer momento. O recurso jurídico, como poderá ser visto na matéria deste sábado (21) do Notícias Concursos, objetiva assegurar que a empresa tenha continuidade, blindando o caixa de seus credores por 180 dias, podendo ser prorrogado por um juiz da recuperação.
Como será o processo da Americanas?
Ao longo da etapa da recuperação judicial, a Americanas iniciará a negociação junto aos credores, formulando o plano de recuperação. Este deve ter a aprovação feita em assembleia. Espera-se que tal pedido seja atendido. É bem provável que seja mesmo deferido, tendo uma determinação para suspender as execuções e ações existentes contra a empresa.
Ranking brasileiro das recuperações judiciais
Já aconteceram recuperações judiciais impressionantes, como as da Oi e da Varig. A Americanas entrou inesperadamente nessa lista, depois que foram descobertas inconsistências que alcançaram R$ 20 bilhões de início, mas que se tornaram maiores depois.
Então, quando isso acontece, instituições financeiras iniciam batalhas judiciais a fim de tentar limitar os prejuízos. Dessa forma, no caso específico da varejista, seus papéis na Bolsa foram de R$ 12,00 para algo inferior a R$ 2,00. Assim, a empresa entrou com o pedido da recuperação judicial quinta-feira (19) querendo “sobreviver”.
Quanto às outras empresas brasileiras que já passaram por isso, confira abaixo a lista feita conforme levantamento de um escritório de advocacia:
· OGX (R$ 12,3 bilhões) – 2014 até 2017;
· Sete Brasil (R$ 19 bilhões) – 2016 ainda em processo;
· Americanas (R$ 43 bilhões) – aguardando aceite;
· Samarco (R$ 55 bilhões) – 2021 ainda em processo;
· Oi (R$ 65 bilhões) – 2016 até 2022;
· Obebrecht (R$ 80 bilhões) – 2019 ainda em processo.