Nova tabela do IRPF vai sofrer alterações? Saiba quem ficará isento
Se a tabela do Imposto de Renda fosse modificada, aproximadamente 10 milhões de pessoas ficariam isentas da contribuição.
O presidente Jair Bolsonaro e sua equipe prometeram, há um tempo atrás, reajustes e deduções no IRPF (Imposto de Renda das Pessoas Físicas), mas, a tabela continua inalterável.
Estima-se, de acordo com dados levantados pelo Sindifisco Nacional, que se a tabela fosse modificada, aproximadamente 10 milhões de pessoas ficariam isentas da contribuição.
O reajuste deve levar em consideração os índices de inflação, que em 2019 terminaram em 4,4%. O valor de isenção então aumentaria para aqueles com renda de até R$ 3.881 por mês.
Em 2019, Bolsonaro se pronunciou sobre os reajustes. Ele disse que o objetivo do reajuste é livrar todos os que recebem até R$ 3 mil por mês do imposto e aliviar o bolso daqueles que mais precisam.
Porém, as boas intenções ainda não foram colocadas na prática. O reajuste ainda não aconteceu, e ainda houve retorno do aumento da defasagem da tabela do IR, que atingiu uma média de 103,87%. Atualmente, estão isentos do imposto os que recebem até R$ 1.903,98 por mês.
Em resumo, não há previsão para criação de uma nova tabela do IRPF. Os impostos costumam ficar mais caros a cada ano, por conta do índice de inflação acumulada que acomete ao aumento do tributo.
Declaração do Imposto de Renda
Kleber Cabral, presidente do Sindifisco Nacional, se pronunciou sobre o assunto: “Quase dez milhões de pessoas que não deveriam, mas estão pagando Imposto de Renda. Isso, na verdade, é uma política tributária regressiva, que acaba penalizando, sobretudo, aqueles contribuintes de mais baixa renda, na contramão do senso de justiça fiscal.
Segundo a Sindifisco, a defasagem de 103,87%, considera a inflação acumulada e não repassada totalmente para a tabela desde 1996. Os dados apontam que só em 2019 houve uma defasagem de 4,31%, que equivale à inflação oficial medida pelo IPCA no período.
Segundo a Sindifisco, a defasagem de 103,87%, considera a inflação acumulada e não repassada totalmente para a tabela desde 1996. Os dados apontam que só em 2019 houve uma defasagem de 4,31%, que equivale à inflação oficial medida pelo IPCA no período. Criando uma proposta de lei e enviando ao Congresso, o governo vai poder reformular os valores. Porém, a medida não é obrigatória, e fica a critério dos parlamentares, se desejam ou não fazer o reajuste.