Economia

NOVA SURPRESA HOJE para quem compra na SHEIN e SHOPEE

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) revelou que empresas que serão taxadas pelo Governo Federal não repassarão os impostos para o consumidor final. O chefe da pasta econômica deu esta declaração logo depois de um encontro com representantes da empresa chinesa Shein.

A Shopee já tinha endereçado uma carta ao governo dizendo que ia aderir ao plano de conformidade. A AliExpress também já tinha feito reunião com o secretário executivo. Faltava o aceno de quem fez o aceno hoje de que respeita a soberania brasileira, respeitas as leis brasileiras e oferecendo condições da gente regulamentar de forma adequada a ponto de ninguém sair prejudicado“, disse o Ministro.

Eu tenho ainda uma reunião com os governadores, porque eles também estão sendo afetados pela perda de arrecadação, e isso prejudica as finanças estaduais. Não estou aqui defendendo só o interesse do Governo Federal. Eu estou defendendo o interesse do estado brasileiro“, seguiu o Haddad.

Os princípios já estão estabelecidos. Qual é o princípio? Jogo justo. Fair Play. Ninguém leva vantagem sobre ninguém. A concorrência só é boa quando todo mundo tá em igualdade de condições. Aí ganha a venda quem tiver o melhor produto e quem tiver o melhor preço, que é o que nós queremos para preservar o direito do consumidor ao acesso aos bens de consumo.”

Embora tenha dado essas declarações, o Ministro não explicou como a efetivação da cobrança de impostos sobre empresas como Shein e Shopee não afetarão o consumidor. Este já tinha sido um argumento usado pela primeira-dama Janja Silva na última semana, ao defender Fernando Haddad. “A taxação é para a empresa e não para o consumidor“, disse ela em uma rede social.

Contudo, a declaração acabou sendo alvo de várias críticas, sobretudo de economistas que lembraram que de uma forma ou de outra o produto vai acabar ficando mais caro para o consumidor.

Geração de emprego

Na reunião entre o Ministro da Fazenda e a Shein, a empresa chinesa teria prometido trazer parte de sua produção para o Brasil. A companhia disse ainda que poderá criar mais de 100 mil novos empregos em solo nacional.

Hoje nós tivemos uma reunião a pedido da Shein, que veio nos anunciar duas coisas muito importantes. Eles vão aderir ao plano de conformidade da Receita Federal. Estão dispostos a fazer aquilo que for necessário, com outros portais e todo o comércio eletrônico, para normalizar as relações com o Ministério da Fazenda”, afirmou Haddad.

Em segundo lugar, eles pretendem, em quatro anos, nacionalizar 85% das suas vendas. Os produtos serão feitos no Brasil. Eles próprios vão dar os números de investimento e geração de oportunidades no mercado brasileiro, mas é uma coisa para nós muito importante que eles vejam o Brasil não apenas como mercado consumidor, mas como uma economia de produção”, prosseguiu o Ministro.

A taxação da Shein

Logo depois do retorno da viagem da China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ao Ministro Fernando Haddad para desistir da ideia de acabar com a isenção de importados de até US$ 50 para transações de pessoas físicas para pessoas físicas.

Haddad aceitou a imposição, mas não desistiu das taxações. Agora, o Ministro está procurando outras formas de garantir que empresas como Shein, Shopee e AliExpress paguem os impostos, assim como prevê a legislação brasileira.

Nos últimos dias, o assunto gerou muita repercussão nas redes sociais. Parte das pessoas criticaram a ideia de acabar com a isenção de transações, e outra parte criticou o possível e provável aumento nos preços dos produtos estrangeiros.

A tendência é que a novela envolvendo o assunto ainda tenha novos capítulos pela frente.