RJ: Aulas presenciais só devem voltar após vacinação de toda comunidade escolar, diz sindicato

O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) do Rio de Janeiro não concorda com o retorno das aulas presenciais na Rede Municipal de Ensino.

De acordo com o coordenador geral, Gustavo Miranda, essa retomada só deverá acontecer depois que toda comunidade escolar (professores, funcionários e alunos) for vacinada.

“A posição do Sepe tem sido clara desde o início da pandemia. A gente só volta nas condições sanitárias adequadas e que não comprometam a saúde dos profissionais de educação. Na virada do ano, como a questão da vacina se tornou uma realidade, a gente entende hoje que o retorno só deve acontecer quando toda comunidade escolar estiver vacinada. Foi isso, inclusive, que a gente passou para o atual secretário municipal de educação, Renan Ferreirinha, quando nos reunimos com ele em dezembro”, argumentou Miranda.

Além disso, o coordenador diz que falta estrutura para as escolas contribuírem com a proteção da saúde dos seus funcionários, assim como para os estudantes.

“As escolas, elas não tem de fato estrutura para garantir as regras que foram colocadas na metade do ano passado para cá, que dizia que era preciso tantas pessoas na sala de aula, álcool gel. As escolas vivem uma precariedade muito grande, a condição financeira da prefeitura indica que não vai ter investimento específico para isso. Portanto, antes de tudo devemos garantir a vida dos profissionais e, obviamente, buscar meios alternativos para que os estudantes tenham acesso ao ensino”, relata o líder do sindicato.

“A escola não é um espaço de lazer, onde as pessoas vão por livre e espontânea vontade, como a praia, que você escolhe ir ou não. A escola acaba sendo uma obrigação tanto para o profissional de educação quanto para o estudante”, complementou Gustavo.

Aulas no RJ sem adesão na gestão Crivella

Em novembro de 2020, mesmo sem a iminência de vacinação, alunos da Rede Municipal de Educação retornaram às escolas. No entanto, o que se observou, foi uma baixa adesão e pouquíssimos alunos marcaram presença.

O retorno não era obrigatório e alunos podiam optar por seguir com o ensino remoto.

Vale dizer que esse retornou valeu somente para os estudantes matriculados nos anos finais do Ensino Fundamental – 9º ano, último ano do Programa de Educação de Jovens e Adultos (PEJA). Assim como no programa Carioca 2, componente das escolas públicas municipais cariocas.

Ademais, professores, alunos e demais profissionais de Educação que tem comorbidades não precisaram participar das atividades presenciais.

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