Aproveitando a chegada da Páscoa, a Nestlé resolveu lançar, em março deste ano, novos sabores e formatos do KitKat. A fabricante apresentou ao público o KitKat Mini Moments, com um novo formato, muito recheio e dois sabores inéditos de Cookies&Cream e Caramel. O lançamento nasceu a partir de uma das linhas de maquinário mais inovadoras da Nestlé, que viabiliza a produção de produtos diferenciados com maior flexibilidade e tecnologia.
LEIA MAIS: Senai investe em projetos de tecnologia 4.0 para a indústria
A linha conta com a tecnologia mais avançada do mundo com Machine Learning, que é uma forma de inteligência artificial (IA) capaz de aprender e melhorar seus processos sozinha, de forma autônoma. Ela coleta automaticamente dados e possui sensores inteligentes, robôs colaborativos e tecnologias inovadoras de produção e garantem a qualidade do produto final.
Essa tecnologia faz parte da jornada de modernização das fábricas da Nestlé, que busca acompanhar tanto as tendências da indústria de alimentos quanto o da Indústria 4.0, conceito que busca digitalizar o setor de manufatura a partir de robôs, IA e conectividade 5G. Esse é o caso da planta fabril de Caçapava (SP), responsável pela produção do KitKat na América Latina.
Além disso, 100% da produção do chocolate utiliza energia elétrica de fonte renovável, reciclagem de materiais e resíduos e faz o aproveitamento de água de chuva, o que a torna uma linha pensada em ter o menor impacto ambiental
Linha de produção é mais eficiente
Segundo a Nestlé, o investimento na linha de produção na planta de Caçapava proporcionou inúmeros benefícios no dia a dia da fábrica. Foi possível otimizar à operação, ampliar as possibilidades de produção no que diz respeito aos formatos, sabores e quantidades do produto, além de alcançar altos índices de produtividade e eficiência.
Uma das melhorias mais significativas em Caçapava é a central privativa 5G na unidade instalada recentemente. A partir dela, a fábrica passou a proporcionar a utilização de uma rede com conectividade segura e de alta velocidade que impulsiona a transformação digital dentro do ambiente industrial na Nestlé.
Trata-se de uma rede 100% dedicada e que opera completamente separada da rede móvel pública, ou seja, não é a mesma acessada pelos smartphones. Além disso, a planta de Caçapava conta com outras tecnologias, como os óculos de realidade aumentada que permitem manutenção e acompanhamento remoto em tempo real da produção.
Projetada para 100 SKUs distintos, a linha possibilita a produção de diversos outros chocolates e maior flexibilidade para produzir sabores, formatos e cores diferentes, como os que fazem parte do portfólio de KitKat Chocolatory, que vão desde os sabores mais tradicionais até algodão doce, churros ou menta.
A Nestlé diz que a inovação faz parte do DNA do KitKat e que sempre busca proporcionar lançamentos criativos e disruptivos para os consumidores. Por isso, ter uma linha de produção tecnológica que possibilita a concepção de mais novidades para os chocolates é uma forma de reforçar o papel da marca em oferecer um produto inovador, surpreendendo e atendendo os desejos dos consumidores.
Mão de obra qualificada e custos são desafios da Indústria 4.0
Segundo uma pesquisa da Gi Group Holding, multinacional italiana com soluções dedicadas ao desenvolvimento do mercado de trabalho, as empresas brasileiras de manufatura enfrentam dois problemas para implementar a Indústria 4.0. Para 65%, o custo dos equipamentos é o principal desafio, seguido pela falta de profissionais qualificados nas novas tecnologias, apontado por metade dos ouvidos.
O relatório “Tendências Globais de RH no setor de Manufatura – 2023” é resultado de uma pesquisa do Instituto Piepoli, um instituto de pesquisa de marketing independente, feita com 240 tomadores de decisão de empresas no setor de indústria de transformação, em seis países (Brasil, China, Alemanha, Itália, Polônia e Reino Unido).
Para 88% das empresas brasileiras, há dificuldades em encontrar trabalhadores qualificados para a implantação da Indústria 4.0. O índice é superior à média global, que ficou em 66%. Globalmente, 43% das empresas apontaram a falta de recursos humanos adequados a exigências da área como entrave para adoção de tecnologias da Indústria 4.0. Já a questão dos custos é citada por 56%.