A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) intensifica ainda mais a sua luta contra a pirataria no país, no que se refere à TV por assinatura, implementando medidas extremas.
A saber, em uma ação inédita, inaugurou um laboratório especializado na análise de “TV Boxes”, mais conhecidos pelo termo popular “gatonet”.
Em resumo, esses dispositivos clandestinos captam o sinal de TV por assinatura de forma ilegal, causando prejuízos bilionários ao setor.
Ação da Anatel
Resultado de um acordo com a Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), o laboratório é parte de um plano de ação lançado em fevereiro, com foco no combate ao uso desses decodificadores clandestinos.
Desde então, a Anatel já confiscou impressionantes 1,4 milhão desses aparelhos em operações conjuntas com a Polícia Federal.
Ainda mais, além das apreensões, a agência realizou 29 operações de bloqueio de TVs Boxes, resultando no bloqueio de 1.466 endereços.
Vale destacar que a iniciativa não é apenas uma questão de direitos autorais; os dispositivos representam uma ameaça à segurança nacional.
“Gatonet”
Os “TV Boxes” não são apenas ferramentas para acesso ilegal a conteúdo pago, mas também podem ser manipulados em ataques hackers do tipo DDoS. E por isso falamos em questão de segurança.
Assim, o tema levanta preocupações sérias, já que esses ataques podem derrubar redes governamentais e grandes instituições privadas.
Inclusive, a estimativa da Anatel é de que até 7 milhões de TVs Boxes acessem conteúdo de forma irregular no Brasil, um número alarmante que indica a extensão do problema.
Além disso, esses dispositivos representam um risco adicional, já que estão conectados à rede Wifi e podem acessar dados sensíveis dos usuários.
Forte esquema contra a pirataria
A referida parceria permitirá que as ordens judiciais entrem no fluxo de ordens administrativas da agência, agilizando o processo de combate à pirataria e protegendo os interesses legítimos do setor de TV por assinatura.
Novo regimento da Anatel
A Superintendência de Outorga e Recursos à Prestação (SOR), escritório ligado à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), publicou recentemente um novo regimento de parâmetros de teste para carregadores de todo tipo, incluindo aparelhos portáteis, como smartphones, notebooks e tablets.
A medida, chamada “Ato Nº 5155”, estabelece uma série de diretrizes atualizadas que, segundo o órgão governamental, é mais precisa e incisiva na aprovação de novos aparelhos produzidos por fabricantes que queiram vender seus produtos no mercado brasileiro.
De acordo com o novo conjunto de regras, os candidatos a ingressarem ao mercado nacional deverão passar por diversas avaliações de temperatura, incluindo o superaquecimento gradual e (não “ou”) súbito – ou seja, quando o calor aumenta pouco a pouco e também quando ele tem um crescimento hiper acelerado, por qualquer razão.
Ainda mais, outras avaliações incluem “perturbações eletromagnéticas”, “emissões radiadas do equipamento” e ainda “queda livre” – este último, parametrizado em no mínimo 100 quedas suportadas.
O interessante é que o Ato vale para todo tipo de carregador, incluindo não apenas tablets, smartphones e notebooks, como também carregadores de carros elétricos, powerbanks e outras indústrias.