“Não faz sentido prorrogar Auxílio”, diz secretário de Paulo Guedes

De acordo com secretário do Ministério da Economia, não há sentido em uma nova prorrogação do Auxílio Emergencial

O Secretário Especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Bruno Funchal, deu uma declaração polêmica nesta terça-feira (31). De acordo com ele, não faz sentido prorrogar o Auxílio Emergencial mais uma vez. Ele disse isso em um momento em que o debate em torno deste tema está crescendo em Brasília. É o que dizem as informações de bastidores.

“O auxílio emergencial não é uma escolha política, é uma necessidade que vem de crédito extraordinário para uma imprevisibilidade”, disse Funchal. De acordo com ele, a economia do país está voltando a crescer. Além disso, ele argumentou também que a situação da pandemia do novo coronavírus no país está melhorando.

Há alguns meses, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em em várias entrevistas que o Auxílio Emergencial poderia passar por uma segunda prorrogação. Segundo ele, isso só aconteceria se a situação da pandemia do novo coronavírus seguisse ruim. Hoje, o Brasil vem registrando uma queda constante nos números da Covid-19. Os números mostram.

De qualquer forma, a situação ainda está longe de estar boa. De acordo com informações de secretarias de saúde, o país registrou nesta terça-feira (31) a morte de mais 839 cidadãos nesta pandemia. Há também uma clara preocupação com a questão da variante Delta, que de acordo com especialistas, é ainda mais contagiosa.

Há um movimento dentro do Palácio do Planalto que está tentando convencer o Presidente Jair Bolsonaro a prorrogar o Auxílio Emergencial mais uma vez. No entanto, membros do Ministério da Economia estão tentando fazer o contrário. De acordo com eles, o melhor a se fazer agora é acabar o benefício em outubro.

Auxílio Emergencial

Vale lembrar que o Governo Federal decidiu não prorrogar o Auxílio Emergencial ainda no ano passado. Na ocasião, as pessoas ficaram sem receber o benefício entre os meses de janeiro e março deste ano. Isso aconteceu justamente durante o maior pico da pandemia do novo coronavírus no Brasil. Os números eram altos.

Hoje, de acordo com informações de jornais, membros do Ministério da Cidadania assumem que aquela foi uma decisão errada. Tanto é que eles mesmos decidiram voltar com os pagamentos do benefício ainda no último mês de abril.

A ideia inicial do Palácio do Planalto era fazer esses novos repasses até julho. No entanto, eles decidiram prorrogar o benefício por mais três meses, estendo assim as liberações até o próximo mês de outubro, quando o programa deverá chegar ao fim.

Novo Bolsa Família

Como dito, a ideia do Ministério da Cidadania é acabar com o Auxílio Emergencial em outubro e começar os pagamentos do novo Bolsa Família em novembro. No entanto, isso significa dizer que menos gente vai receber ajuda do estado.

Hoje, de acordo com o próprio Ministério da Cidadania, o Auxílio Emergencial e atual versão do Bolsa Família atendem juntos algo em torno de 41 milhões de pessoas. Os dois projetos deverão chegar ao fim ao mesmo tempo em outubro.

O novo Bolsa Família, que deve estrear em novembro, não deverá ter espaço para essa quantidade de pessoas. Nas previsões mais otimistas, o Auxílio Brasil, como vai passar a ser chamado, deverá atender no máximo 17 milhões. Isso quer dizer portanto que vários brasileiros passarão a ficar desassistidos.

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