Uma monarquia absoluta é uma forma de governo em que uma única pessoa – geralmente um rei ou rainha – detém o poder autocrático absoluto. Nas monarquias absolutas, a sucessão de poder é tipicamente hereditária, com o trono passando entre os membros de uma família governante.
Surgida durante a Idade Média, a monarquia absoluta prevaleceu em grande parte da Europa Ocidental no século XVI. Junto com a França, como sintetizado pelo rei Luís XIV, monarcas absolutos governaram outros países europeus, incluindo Inglaterra, Espanha, Prússia e Áustria.
A prevalência de monarquias absolutas caiu drasticamente após a Revolução Francesa, que deu origem ao princípio da soberania popular, ou governo do povo.
Países com Monarquias Absolutas
Os países modernos onde os monarcas mantêm o poder absoluto são:
- Brunei
- Eswatini
- Omã
- Arábia Saudita
- Cidade do Vaticano
- Emirados Árabes Unidos
“Eu Sou o Estado”
Em uma monarquia absoluta, como em uma ditadura, o poder governante e as ações do monarca absoluto não podem ser questionados ou limitados por qualquer lei escrita, legislatura, tribunal, sanção econômica, religião, costume ou processo eleitoral. Talvez a melhor descrição do poder governamental exercido por um monarca absoluto seja frequentemente atribuída ao rei Luís XIV da França, o “Rei Sol”, que teria declarado: “Eu sou o estado”.
Ao fazer essa declaração ousada, Luís XIV inspirou-se na antiga teoria do absolutismo monárquico conhecido como “o direito divino dos reis”, afirmando que a autoridade dos reis foi concedida a eles por Deus. Desta forma, o rei não respondia a seus súditos, a aristocracia ou a igreja. Historicamente, monarcas absolutos tirânicos afirmam que, ao realizar os atos brutais, eles estão apenas administrando a punição ordenada por Deus pelos “pecados” do povo. Qualquer tentativa, real ou imaginária, de depor os monarcas ou limitar seu poder era considerada uma afronta à vontade de Deus.
Henrique VIII
Um exemplo clássico da autoridade inquestionável dos monarcas absolutos é o reinado do rei Henrique VIII da Inglaterra, que mandou decapitar vários de seus primos e duas de suas seis esposas. Em 1520, Henrique pediu ao papa que anulasse seu casamento com sua primeira esposa, Catarina de Aragão, por não lhe dar um filho. Quando o Papa se recusou, Henrique usou seu direito divino para separar o país da Igreja Católica e criar a Igreja Anglicana da Inglaterra.
Em 1533, Henry se casou com Ana Bolena, que ele logo suspeitou de ser infiel a ele. Ainda sem um herdeiro homem, Henry ordenou que Anne fosse julgada por adultério, incesto e alta traição. Embora nenhuma evidência de seus supostos crimes tenha sido produzida, Ana Bolena foi decapitada e enterrada em uma sepultura não marcada em 19 de maio de 1536.
Da mesma forma, baseado em acusações infundadas de adultério e traição, Henrique ordenou que sua quinta esposa, Catherine Howard, fosse decapitada em 13 de fevereiro de 1542.
Em uma monarquia absoluta, as pessoas comuns têm seus direitos naturais negados e desfrutam de apenas alguns privilégios limitados concedidos pelo monarca. A prática ou abstinência de qualquer religião não endossada pelo monarca é considerada um crime grave. O povo não tem voz alguma no governo ou na direção do país. Todas as leis são emitidas pelos monarcas e normalmente servem apenas aos seus melhores interesses. Quaisquer reclamações ou protestos contra o monarca são considerados atos de traição e puníveis com tortura e morte.
E então, gostou de saber mais sobre monarquia absoluta? O tema recorrentemente aparece em vestibulares, concursos e Enem!
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