O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou no início da tarde de segunda-feira (20) que está com Covid-19. “Acabo de receber agora pela manhã resultado positivo para COVID. Já estou medicado e despacharei remotamente”, afirmou em uma rede social.
O pastor e professor é o quarto a chefiar o Ministério da Educação e foi empossado na última quinta-feira (16). O anúncio de que ele está com Covid-19 ocorre enquanto se intensificam as negociações sobre a renovação do Fundeb, um dos principais desafios da pasta.
Há duas semanas, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que contraiu a Covid-19. Desde então, ele vem trabalhando na residência oficial do Palácio da Alvorada e participou da posse de Ribeiro por videoconferência.
Porém, diversos ministros participaram da solenidade presencialmente:
- Braga Netto, da Casa Civil;
- Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral;
- Ernesto Araújo, das Relações Exteriores;
- Fábio Faria, das Comunicações;
- Paulo Guedes, da Economia;
- André Mendonça, da Justiça e Segurança Pública;
- Augusto Heleno, do GSI;
- Damares Alves, dos Direitos Humanos;
- Bento Albuquerque, de Minas e Energia;
- Ricardo Salles, do Meio Ambiente;
- Marcelo Álvaro Antônio, do Turismo;
- Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo;
- Roberto Campos Neto, do Banco Central;
- Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia.
Promessa de diálogo e Estado laico
A chegada de Ribeiro ao MEC foi vista por parlamentares como um aceno do governo à bancada evangélica, que compõe parte significativa da base de Bolsonaro no Congresso. Membros dessa ala pressionaram o presidente para ter um representante à frente da educação.
Em seu primeiro pronunciamento, o novo ministro afirmou que pretende pautar sua gestão baseado no Estado laico. “Tenho a formação religiosa. Meu compromisso, que assumo hoje, ao tomar posse, está bem firmado e bem localizado em valores constitucionais, da laicidade do Estado e do ensino público. Assim, Deus me ajude”, afirmou.
Em outro trecho do discurso de posse, Ribeiro ressaltou que tem como objetivo criar pontes de diálogo com educadores e acadêmicos, segundo ele “entristecidos” com a situação educacional do país. Bolsonaro complementou por videoconferência: “Com toda certeza, a chegada de um ministro voltado para o diálogo, usando a sua experiência e querendo o melhor para as crianças, esse entendimento se fará presente”.