O Ministério da Saúde afirmou que 2 milhões de doses prontas da vacina de Oxford contra Covid-19 chegam nesta sexta (22) da Índia. No Brasil, o imunizante desenvolvido pela Astrazeneca em parceria com a Universidade de Oxford é de responsabilidade da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e já foi aprovado para uso emergencial pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
“A carga vinda da Índia será transportada em voo comercial da companhia Emirates ao aeroporto de Guarulhos (SP) e, após os trâmites alfandegários, seguirá em aeronave da Azul para o aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro”, explicou o Ministério da Saúde.
Antes do anúncio do Ministério da Saúde, nesta quinta (21) o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) havia postado em rede social sobre a chegada da vacina, quando repercutiu uma fala do Ministro das Relações Exteriores da Índia, Harsh Vardhan Shringla, sobre a liberação da exportação de vacinas contra Covid-19 ao Brasil e ao Marrocos.
“O fornecimento das quantidades comercialmente contratadas também começará a partir de amanhã, começando pelo Brasil e Marrocos, seguidos pela África do Sul e Arábia Saudita”, disse Harsh Vardhan à agência de notícias Reuters.
Os 2 milhões de doses da vacina de Oxford com destino ao Brasil foram fabricadas pelo Instituto Serum, responsável pela produção no imunizante na Índia e maior fabricante de vacinas do mundo.
Vacina de Oxford chega da Índia com atraso
Na semana passada, o governo federal chegou a enviar um avião para buscar as doses da vacina de Oxford da Índia. No entanto, o país asiático alegou que ainda era cedo para tratar sobre a exportação do imunizante, sob justificativa que a campanha de vacinação ainda não havia começado em seu território.
Antes de anunciar que o Brasil receberia as doses, na quarta (20), a Índia divulgou uma lista de países que receberiam as primeiras remessas de imunizantes contra Covid-19 fabricados no país. Sem menção ao Brasil, a lista incluía países vizinhos, como Bangladesh, Ilhas Maldivas e Butão, entre outros.
Na quinta (21), o Ministro de Relações Exteriores indiano confirmou à agência Reuters que Brasil e Marrocos receberiam vacinas contra Covid-19 fabricadas na Índia já a partir desta sexta (22).
Durante o ano de 2020, a Índia defendeu a quebra de patentes de imunizantes contra Covid-19, o que facilitaria a fabricação e distribuição das vacinas em todo o mundo. O Brasil, assim como Estados Unidos e Europa, entre outros, se opuseram à proposta.