A inadimplência é uma realidade para milhões de brasileiros. No entanto, em meio a esse cenário desafiador, surgem opções para renegociação de dívidas que proporcionam a chance de limpar o nome. No mês de agosto, a Serasa registrou um valor médio de acordos de R$ 889,93, um valor mais acessível em comparação ao mês anterior. Vamos entender melhor essa situação.
No mundo das finanças, a Serasa é uma referência quando se trata de proteger o crédito dos consumidores. Uma das suas principais funções é auxiliar os brasileiros a regularizar suas situações financeiras através de acordos de dívidas. Neste artigo, vamos abordar o cenário atual da inadimplência no Brasil e como os acordos da Serasa se tornaram uma opção acessível para limpar o nome.
Inadimplência no Brasil
De acordo com o Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas realizado pela Serasa, em agosto, o número de brasileiros inadimplentes alcançou 71,74 milhões. Isso corresponde a uma alta de 0,45% em relação a julho. Cada pessoa inadimplente deve, em média, R$ 1.320,41, totalizando R$ 355 bilhões em débitos abertos no Brasil.
As dívidas com bancos/cartão de crédito continuam sendo as principais, correspondendo a 29,29%. No entanto, o valor médio dos acordos fechados em agosto foi de R$ 889,93, o que representa uma queda em relação a julho, quando o valor médio foi de R$ 903,80.
A Serasa Limpa Nome
A Serasa Limpa Nome é uma plataforma que permite aos consumidores negociar suas dívidas diretamente com os credores. Em agosto deste ano, foram fechados um total de 3.364.502 acordos no Serasa Limpa Nome, sendo que 3.247.835 clientes renegociaram suas dívidas através da instituição. Dessa forma, o Serasa Limpa Nome concedeu cerca de R$ 9,77 bilhões em descontos no período.
Acordos de Dívidas por Estado
Confira a quantidade de acordos fechados no Serasa Limpa Nome por Estado:
- São Paulo: 980.844;
- Rio de Janeiro: 337.013;
- Minas Gerais: 258.464;
- Bahia: 191.838;
- Paraná: 171.740;
- Rio Grande do Sul: 141.999;
- Pernambuco: 123.669;
- Ceará: 122.408;
- Goiás: 111.809;
- Pará: 110.470;
- Santa Catarina: 103.316;
- Maranhão: 71.920;
- Distrito Federal: 67.209;
- Amazonas: 64.213;
- Espírito Santo: 59.340;
- Mato Grosso: 55.119;
- Paraiba: 52.271;
- Mato Grosso do Sul: 48.471;
- Rio Grande do Norte: 48.295;
- Alagoas: 42.325;
- Piauí: 36.537;
- Sergipe: 32.516;
- Rondônia: 21.130;
- Tocantins: 16.884;
- Amapá: 12.914;
- Acre: 10.801;
- Roraima: 9.500.
O panorama da inadimplência
Segundo a Serasa, no mês de agosto, a quantidade de brasileiros inadimplentes alcançou a marca de 71,74 milhões. Isso representa uma alta de 0,45% em relação ao mês de julho. Cada pessoa inadimplente deve, em média, R$ 1.320,41, totalizando R$ 355 bilhões em débitos em aberto no Brasil.
A queda no valor médio dos acordos
Apesar do alto número de inadimplentes, o valor médio dos acordos fechados em agosto foi de R$ 889,93. Isso representa uma queda em relação a julho, quando o valor médio foi de R$ 903,80. Essa diminuição no valor médio dos acordos indica uma possibilidade maior de regularização da situação para aqueles que estão inadimplentes.
Dívidas com bancos e cartões de crédito
As dívidas com bancos e cartões de crédito continuam sendo as principais, correspondendo a 29,29%. Embora sejam um recurso conveniente, cartões de crédito podem levar a uma dívida significativa se não forem usados ??com responsabilidade. Juros altos e taxas podem aumentar rapidamente o saldo devedor, tornando difícil para os consumidores pagarem suas dívidas.
O número de acordos fechados
Em agosto deste ano, foram fechados um total de 3.364.502 acordos no Serasa Limpa Nome, sendo que 3.247.835 clientes renegociaram suas dívidas por meio dessa plataforma. O Serasa Limpa Nome concedeu cerca de R$ 9,77 bilhões em descontos no período.
Ao comparar os números com o mesmo período do ano passado, observa-se um aumento no número de acordos fechados. Em agosto de 2022, foram fechados 2,9 milhões de acordos, número inferior ao registrado em agosto de 2023, que foi de 3,3 milhões.
Aumento da Inadimplência
Em agosto, as dívidas dos brasileiros com contas de energia elétrica, água, gás e telefone atingiram 24,47% do total, o maior nível registrado na série histórica da Serasa. Isso não surpreende, dada a primeira fase do programa de renegociação de dívidas lançado pelo governo, o Desenrola, que se concentrou nos débitos de pessoas físicas com bancos e cartões.
Em apenas dois meses de Desenrola, R$ 13,2 bilhões em débitos foram renegociados, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Cerca de 6 milhões de brasileiros conseguiram limpar seus nomes e voltaram a ter acesso a crédito.
A dificuldade de reduzir o endividamento
Apesar desses esforços, os dados da Serasa mostram que reduzir o endividamento do brasileiro não é uma tarefa simples. A inadimplência voltou a subir em agosto, com mais de 320 mil devedores ficando com o nome sujo, ampliando o universo de inadimplentes para 71,74 milhões de pessoas.
Há evidências de que os brasileiros estão escolhendo quais contas pagar em cada mês. Deixar de pagar faturas de água e energia implica cortes no fornecimento do serviço, mas não de forma imediata. No caso da energia elétrica, somente após 90 dias de atraso as distribuidoras podem suspender o fornecimento.
O peso do crédito rotativo
No crédito rotativo, linha a que os clientes recorrem quando não conseguem pagar o valor integral da fatura do cartão de crédito, a dívida pode dobrar em apenas um ano. Segundo a Serasa, mais da metade dos consumidores inadimplentes possui três cartões de crédito ou mais.
Na guerra pública entre os bancos e as maquininhas sobre o parcelamento sem juros, até agora não há qualquer proposta para impor novas regras para o rotativo.
O futuro do Desenrola
A medida provisória que criou o Desenrola vence em 3 de outubro. Há um projeto de lei com o mesmo teor tramitando em regime de urgência no Senado, mas o relator, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), não prevê submeter o parecer a votação antes desse prazo.
O senador Rodrigo Cunha propôs uma reflexão bastante pertinente. “Como é que uma pessoa que recebe um salário mínimo tem um limite no cartão de crédito de R$ 12 mil?”, questionou, em entrevista à Folha.
Consequências do acesso facilitado ao crédito
Há que se pensar sobre as consequências do acesso facilitado ao crédito, modelo de negócios bastante praticado no setor. As mesmas empresas que não cobram taxas na abertura das contas nem anuidade para os cartões não hesitam em impor juros escorchantes ao primeiro tropeço do consumidor.
Enquanto essas questões não forem enfrentadas com seriedade, iniciativas como o Desenrola serão o mesmo que enxugar gelo.
Como limpar seu nome
Para limpar seu nome e sair da inadimplência, é essencial organizar suas finanças. assim, isso envolve mapear sua renda total, separar as despesas fixas e variáveis, e organizar as dívidas e pagamentos. Com essa organização, é possível visualizar melhor a situação financeira e planejar o pagamento das dívidas.
Em síntese, a inadimplência é um problema sério que afeta milhões de brasileiros. No entanto, com a queda no valor médio dos acordos da Serasa, as chances de limpar o nome estão mais acessíveis. Organizar as finanças e buscar opções de renegociação é o caminho para sair da inadimplência e recuperar a saúde financeira.