Renato Feder, secretário de Educação do Paraná, utilizou uma de suas redes sociais para declinar o convite do presidente Jair Bolsonaro que assumisse o Ministério da Educação (MEC).
A recusa foi anunciada em meio a uma enxurrada de ataques por parte da bancada evangélica, apoiadora do governo de Bolsonaro, assim como pela ala olavista, seguidora de Olavo de Carvalho.
Desde a manhã da última sexta-feira, 3, Renato Feder estava sendo cogitado como o próximo nome para liderar a pasta da educação.
Pressão nas redes sociais
Assim que a escolha de Renato Feder começou a ganhar força, as pressões para que a nomeação não desse certo aumentaram também.
A tensão não se deu abertamente no Congresso, vale saber. Ela se deu nas redes sociais, mais precisamente no Twitter.
Foram produzidos diversos posts com a hashtag #FederNaoBolsonaro, indicando que os apoiadores não estavam contentes com a possibilidade de Renato Feder assumir o MEC e decidiram clamar através das mídias sociais.
Entre as razões para o teor combativo das postagens, está a possível aproximação de Feder com personalidades tidas como “inimigas” do governo. Foram ressaltadas relações dele, por exemplo, com o governador de São Paulo João Doria à época em que era prefeito da capital paulista. Assim como com o apresentador Luciano Huck, que encabeça campanhas de educação e supostamente tem o apoio de Feder.
Declínio de Renato Feder no Facebook
O anúncio de que não aceitará o convite para estar à frente do MEC foi feito na página de seu Facebook. Na mesma publicação, Renato Feder ressaltou que permanece com a secretaria no governo do Paraná.
“Recebi na noite da última quinta-feira uma ligação do presidente Jair Bolsonaro me convidando para ser ministro da Educação. Fiquei muito honrado com o convite, que coroa o bom trabalho feito por 90 mil profissionais da Educação do Paraná. Agradeço ao presidente Jair Bolsonaro, por quem tenho grande apreço, mas declino do convite recebido. Sigo com o projeto no Paraná, desejo sorte ao presidente e uma boa gestão no Ministério da Educação”, escreveu Renato Feder.
Lembrando que o MEC está sem ninguém no comando após a rápida passagem de Carlos Alberto Decotelli da Silva, que teve seu currículo questionado por diversas instituições. Foram comprovadas incongruências em várias de suas formações.