Relator do auxílio emergencial desmente Jair Bolsonaro: ‘Não admitia mais que R$ 200’

Governo queria que auxílio pagasse três parcelas de R$ 200

O deputado federal Marcelo Aro (PP-MG), relator do projeto que criou o auxílio emergencial, desmentiu o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Twitter. O presidente falou sobre valores propostos entre ele e a Câmara dos Deputados para o auxílio.

Em março, no início da discussão sobre o auxílio, o governo Bolsonaro sinalizou que cada uma das três parcelas seria de R$ 200. Na sessão da Câmara, os deputados discutiam aumento de cada parcela para R$ 500. Com chance de sair da discussão derrotado, Bolsonaro aceitou pagar R$ 600, valor que o auxílio é pago hoje.

No Twitter, Bolsonaro alegou que a decisão sobre o valor de R$ 600 era exclusivamente do Executivo. “Depois de o Congresso apoiar R$500 para o auxílio emergencial, estudos do governo federal, com responsabilidade fiscal e apoio da liderança do governo na Câmara, o Ministério da Economia alcançou os R$ 600 pagos em 3 parcelas. O maior programa de auxílio aos mais necessitados do mundo”, publicou.

Logo o deputado Marcelo Aro, relator do projeto, corrigiu o presidente. “Presidente, isso não é verdade. Vamos contar a história real? Fui relator do projeto. Seu governo foi contra o meu relatório desde o primeiro momento. Vocês não admitiam um valor acima de R$ 200,00”, publicou o deputado.

“Construí junto com sua base de apoio do centro e a oposição um texto com um valor de R$ 500,00. Somente quando viram que o projeto seria aprovado, mesmo com os votos do governo contrários, seu governo sugeriu construir um acordo. Não foi estudo”, continuou. “Foi um telefonema. Nessa ligação, decidimos que o acordo, para o governo não ficar de fora, seria de R$ 600,00. Essa é a história verdadeira e o senhor sabe disso”.

Agora que o governo confirmou mais duas parcelas do auxílio, sua ideia é que a quarta e quinta parcela paguem R$ 300 cada uma. Os deputados querem que as novas parcelas paguem novamente R$ 600. Bolsonaro ameaçou vetar prorrogação caso deputados insistam no valor de R$ 600.

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