Na última semana, a Caixa Econômica Federal anunciou que não continuará oferecendo o empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil. Mesmo com a atualização das regras no início deste mês, a instituição financeira decidiu “retirar o produto de seu portfólio”.
Todavia, é importante lembrar que a oferta do crédito consignado estava interrompida desde o dia 12 de janeiro. Lembrando que o banco é o responsável pela maior parte dos contratados fechados desde a liberação da modalidade.
“A CAIXA informa que os estudos técnicos sobre o Consignado Auxílio foram concluídos e o banco decidiu retirar o produto de seu portfólio. A linha de crédito estava suspensa desde o dia 12 de janeiro para revisão”, informou o banco.
Para os contratos já realizados, nada muda. O pagamento das prestações continua sendo realizado de forma automática, por meio do desconto no benefício, diretamente pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS)”, afirmou.
Novas regras do consignado do Auxílio Brasil
Na prática, o valor que pode ser descontado do benefício mensalmente passou de 40% para 5% da quantia oficial do programa (R$ 400). Além disso, o número máximo de parcelas para a quitação do crédito foi de 24 para 6. Por fim, o limite de juros teve uma queda, passando de 3,5% para 2,5% ao mês. Porém, essas regras só valem para contratações futuras.
“Com as novas regras, a operação não se paga. Além disso, esse produto teve um cunho eleitoral, a Caixa foi o banco que mais ofertou crédito, com R$ 7,6 bilhões. É uma excrescência. Não posso ofertar crédito em um auxílio para uma pessoa se alimentar. Na minha opinião, isso tem de ser anulado”, afirmou a nova presidente da Caixa, Maria Rita Serrano.
Operação “não se paga”
De acordo com a presidente da instituição financeira, a operação “não se paga”, inclusive, após as novas regras anunciadas pelo governo federal. Além disso, ela também deixou claro que não haverá perdão das dívidas com recursos do banco. As informações foram dadas em uma entrevista ao jornal Valor Econômico.
“Com as novas regras, a operação não se paga. Além disso, esse produto teve um cunho eleitoral, a Caixa foi o banco que mais ofertou crédito, com R$ 7,6 bilhões. É uma excrescência. Não posso ofertar crédito em um auxílio para uma pessoa se alimentar. Na minha opinião, isso tem de ser anulado”, disse Serrano.