Levantamento do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) aponta que 82,14% dos municípios do estado interromperam as aulas presenciais totalmente no mês de abril. Esse percentual corresponde a 529 cidades paulistas. De acordo com o TCE-SP, os municípios decidiram por suspender as aulas presenciais devido à alta no número de casos da covid-19.
A capital do estado não está inclusa no levantamento. As escolas da rede municipal da capital estão abertas desde o dia 12 de abril, com a oferta de aulas presenciais. A primeira retomada aconteceu ainda em fevereiro. No entanto, a prefeitura antecipou o recesso escolar de julho para março, e o retorno das aulas aconteceu no mês passado.
O levantamento não aponta o número total de estudantes afetados pela suspensão do ensino presencial. No entanto, o TCE-SP revela que apenas 37 municípios seguem sem interromper as aulas, de modo que estão operando presencialmente com a observância dos protocolos sanitários estabelecidos pelo Plano SP.
Apenas 44% das cidades apresentaram planos de retomada das aulas
O TCE-SP revela ainda que 88% das cidades paulistas que suspenderam as atividades afirmam ter planos de retomada para a reabertura das escolas. Apesar disso, somente 44% dos municípios divulgaram os documentos com os planos para volta às aulas.
Para especialistas, esse movimento de retomar e interromper as aulas presenciais pode ser muito prejudicial aos alunos. De acordo com Kátia Stocco Smole, conselheira do Conselho Estadual de Educação (SP), o planejamento de retomada deve ser “sistêmico” e “coordenado”.
Assim, Smole cita países nos quais as escolas ficaram fechadas por um curto período de tempo. “No mundo, o que sabemos é que a escola nunca fecha totalmente, sempre tem uma porcentagem que funciona e ela é a primeira a retornar, mas no Brasil não”, disse ela.
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