Maioria dos trabalhadores aprova sistema de home office, diz pesquisa

De acordo com levantamento, sete em cada 10 trabalhadores afirma que o Home Office é um sistema de emprego mais satisfatório

A pandemia do novo coronavírus ainda não chegou ao fim no Brasil. E mesmo diante desse cenário, muitos trabalhadores estão voltando para os seus postos físicos de trabalho. De qualquer forma, um levantamento recente mostrou que a maioria dos empregados acredita que o home office é um estilo de emprego mais satisfatório.

Quem está dizendo isso é uma pesquisa da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP). De acordo com o levantamento, algo em torno de 73% dos trabalhadores que ainda estão em home office acreditam que esse sistema de trabalho é mais satisfatório do que o emprego em local físico.

Cerca de 78% desses empregados afirmam que querem continuar dentro dessa lógica mesmo depois do fim da pandemia. Vale lembrar que algumas empresas acreditam que irão continuar atuando dessa forma mesmo quando o país se livrar do coronavírus. Muitos empregadores alegam que a produtividade dos seus funcionários aumentou.

Aliás, ainda de acordo com essa pesquisa, muitos empregados concordam com essa informação. Segundo o levantamento, 81% dos trabalhadores acreditam que estão sendo mais produtivos no emprego depois que ingressaram no trabalho remoto. E isso acabou levando mais resultados para essas empresas.

Por outro lado, a pesquisa mostra que algo em torno de 14% dos empregados que ainda estão em home office não querem seguir nesse tipo de emprego. Eles querem voltar para o trabalho físico o quanto antes. Muitos afirmam que ainda não conseguiram se adaptar e há quem cite também a saudade dos colegas.

Home Office

A mesma pesquisa em questão mostra que o home office está fazendo com que a maioria dos empregados acabe trabalhando por mais tempo do que faziam quando estavam indo para um local físico.

Segundo a pesquisa, algo em torno de 45% dos empregados que estão em home office trabalham por mais de 45 horas semanais. E uma parcela de 6% afirma que está trabalhando por mais 70 horas por semana.

Para se ter uma ideia do tamanho do problema, as leis brasileiras indicam que os empregados precisam trabalhar até, no máximo, 44 horas por semana. Mais do que isso seria passível de pagamento de horas extras. Só que no home office, dificilmente o funcionário recebe esse adicional.

Parcela da população

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a grande maioria dos empregados que ainda estão trabalhando em home office são mulheres, brancas, com alta escolaridade e de alta classe social.

Por outro lado, os negros e pobres são minoria nesse nicho. Isso quer dizer que a grande maioria dos brasileiros que ainda estão em home office são, em geral, os que ocupam as classes mais altas da sociedade.

Isso acontece porque normalmente apenas os melhores empregos conseguem oferecer essas condições de trabalho. Além disso, esse trabalhador consegue ter itens caros como internet de qualidade em casa, por exemplo. Por isso, se entende que há uma desigualdade neste momento no Brasil quando falamos de relações profissionais.

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