A partir desta semana, o envio de cartas e telegramas pelo sistema dos Correios ficará um pouco mais caro. Foi publicado uma portaria, por meio do Ministério das Comunicações, uma das pastas do Governo LULA, autorizando a estatal a aumentar os preços de serviços postais nacionais e também internacionais exatamente em 5,495%.
A pasta afirma que o reajuste está acontecendo apenas para acompanhar os níveis de inflação medidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em 2022. Aumentos nas tarifas de envios dos Correios são comuns e costumam acontecer periodicamente. No ano passado, por exemplo, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) autorizou o aumento por meio de uma portaria publicada no dia 20 de abril.
A nova elevação já começou a valer. Veja abaixo como ficam os novos valores depois do aumento.
- Postagem de uma carta nacional: de R$ 2,35 para R$ 2,45;
- Postagem de uma carta internacional: novos preços vão de R$ 2 a R$ 3 a depender da região do país de destino;
- Postagem de telegrama: de R$ 14,30 para R$ 14,90.
No caso específico do preço da postagem de uma carta nacional ou internacional, este valor é válido apenas para itens de até 20 gramas. Caso seja um patamar maior, o valor naturalmente também sobe de maneira equivalente.
Além dos Correios
Também já está valendo neste mês de abril o reajuste dos preços dos remédios em todo o país. Assim como no caso das tarifas dos Correios, este também é um reajuste comum e que acontece sempre nos meses de abril.
No caso específico dos medicamentos, o reajuste aprovado pelo Governo Federal foi de 5,6%, e também serve para cobrir a inflação do ano passado. Este é o patamar de elevação que as farmácias podem aplicar no decorrer deste ano.
Cada empresa, no entanto, tem o poder de definir como este aumento será oficialmente aplicado. Em alguns casos, a farmácia pode optar por elevar o preço de determinados medicamentos de forma escalonada.
Aumento de impostos
Nas últimas semanas, o Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem sendo criticado por elevar direta ou indiretamente os preços de alguns produtos ou serviços. São os casos da gasolina, da tarifa dos Correios ou mesmo dos medicamentos.
A preocupação com esta situação ficou ainda maior depois da divulgação do desenho do novo arcabouço fiscal no final da última semana. O documento em questão estabelece um piso de gastos e indica que o Governo só vai poder gastar mais se conseguir elevar a sua receita.
Por “elevação de receita”, muita gente entendeu “aumento de impostos”. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) desconversou sobre este assunto, e garantiu que o aumento de impostos não está no radar do Governo Federal.
“Se, por carga tributária, se entende a criação de tributos ou o aumento de alíquota, não está no nosso horizonte. Não estamos pensando em criar uma CPMF (antigo imposto sobre transações financeiras), nem em onerar a folha de pagamentos”, diz Haddad.
Novos detalhes sobre aumento de tributos poderão ser divulgados nos próximos dias pelo Governo Federal.