Publicado pela primeira vez no ano de 1936, o livro “Raízes do Brasil” é uma obra seminal de Sérgio Buarque de Holanda. Trata-se de um dos principais textos da historiografia e do pensamento social brasileiro. Desse modo, a obra costuma aparecer entre as leituras recomendadas para os grandes vestibulares.
Escrito em um período de intensas transformações sociais e políticas no Brasil, o livro “Raízes do Brasil” reflete sobre as tensões da época, mas evidencia também a história do país.
Na década de 1930, o país vivenciava o governo de Getúlio Vargas e a consolidação do Estado Novo. A obra de Sérgio Buarque de Holanda reflete esse momento, apresentando uma análise crítica da formação histórica e da identidade do povo brasileiro.
“Raízes do Brasil” apresenta uma análise profunda e crítica da sociedade brasileira, explorando temas como a formação histórica, as influências culturais, as relações sociais e as características da identidade brasileira. Sérgio Buarque de Holanda argumenta que a formação do Brasil é marcada pelo patrimonialismo, pela falta de uma ética coletiva e pela dificuldade de estabelecer uma sociedade democrática.
O autor utiliza uma linguagem refinada e uma narrativa ensaística, combinando reflexões filosóficas, análises sociológicas e referências históricas para embasar suas ideias. Nesse sentido, a abordagem crítica e a sua visão aprofundada da sociedade brasileira contribuíram para a compreensão das raízes históricas e culturais do país.
Sobre o autor
Reconhecido como um dos mais importantes intelectuais brasileiros do século XX, Sérgio Buarque de Holanda teve uma atuação abrangente, tocando em diversas áreas do conhecimento, como a história, a sociologia e a literatura.
Ele nasceu em 11 de julho de 1902, no estado de São Paulo, e teve uma formação acadêmica sólida, graduando-se em direito e filosofia pela Universidade de São Paulo (USP). Ao longo de sua carreira, atuou como professor em várias instituições de ensino e participou ativamente de debates e discussões intelectuais.
O estilo de escrita de Sérgio Buarque de Holanda é marcado por uma prosa envolvente e erudita. Sua escrita é cuidadosa, com uma linguagem rica em metáforas, analogias e referências históricas. Ele apresenta uma narrativa fluída, que cativa o leitor ao combinar reflexões filosóficas e análises socioculturais. Para compreender o estilo de escrita de Sérgio Buarque de Holanda, é fundamental considerar o contexto histórico e cultural em que ele viveu. O autor esteve ativo principalmente nas décadas de 1930 e 1940, em um período de efervescência intelectual e transformações sociais no Brasil.
Além de suas contribuições para a historiografia, ele também deixou um legado significativo no campo do pensamento social brasileiro. Sergio questionou as estruturas sociais e políticas do país, explorando as relações de poder, as desigualdades e as contradições presentes na sociedade brasileira. Sua abordagem crítica influenciou gerações posteriores de intelectuais e acadêmicos, contribuindo para a análise e a reflexão sobre a realidade social do Brasil.
Além de “Raízes do Brasil”, Sérgio Buarque de Holanda escreveu outras obras relevantes, como “Caminhos e Fronteiras”, “Visão do Paraíso” e “Tentativas de Mitologia”. Seu trabalho continua sendo objeto de estudo e debate nos meios acadêmicos até hoje.
Como estudar para o vestibular?
Para se preparar para o vestibular, é importante estudar os principais conceitos e argumentos apresentados em “Raízes do Brasil”. É fundamental compreender a abordagem crítica de Sérgio Buarque de Holanda em relação à formação histórica e à identidade brasileira, bem como as características do patrimonialismo e suas consequências na sociedade brasileira.
Além disso, é recomendado familiarizar-se com os principais temas e reflexões apresentados na obra, como a relação entre o colonizador e o colonizado, a influência da cultura portuguesa, a importância do meio ambiente na formação do brasileiro e a falta de uma ética coletiva.
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