Literatura no vestibular: “Campo Geral”, de Guimarães Rosa

Um dos mais importantes escritores da literatura de Língua Portuguesa, o brasileiro João Guimarães Rosa (1908 – 1967) é autor de diversas obras de destaque. Desse modo, seus livros estão sempre presente nas listas de leituras obrigatórias dos vestibulares brasileiros, exemplo disso, é o romance Grande Sertão: Veredas e Sagarana, que reúne diversos contos. 

Além dessas duas obras, a novela Campo Geral é também um dos livros cobrados nos principais vestibulares. Publicado pela primeira vez em 1956, esse livro traz a linguagem marcante de Guimarães Rosa. Desse modo, é possível observar o uso de neologismos e o jogo que o autor faz com as palavras para imprimir o seu estilo ao texto. A novela, narrada em 3ª pessoa, traz uma narrativa com a predominância do tempo psicológico, embora os fatos sejam apresentados cronologicamente. 

Enredo de Campo Geral

O enredo de Campo Geral apresenta Miguilim como personagem principal, um garoto sertanejo de 8 anos. Desse modo, o autor conta a história garotinho que mora em uma cidade conhecida como Mutum, localizada no Sertão brasileiro, dando foco ao seu amadurecimento.

O crescimento de Miguilim passa por aprendizados a partir de perdas e problemas familiares e as dores geradas por esses problemas. A novela retrata, então, um rito de passagem entre a infância e a vida adulta de Miguilim. Assim, a narrativa é toda guiada pelo ponto de vista do garoto, que é definido como inteligente e sensível. A obra traz o enaltecimento da infância e mostra a construção da figura adulta.

Além de Miguilim, há outros personagens de destaque. Entre eles, o pai do garoto, Nhô Bernardo, um homem rude e sisudo, e Nhà Nina, a mãe do garoto, uma mulher bonita, mas infeliz com a sua realidade, com o lugar que vive. Além deles, há destaque também para Dito, que é um dos irmãos de Miguilim e também o seu maior companheiro.

Assim como Sagarana e Grande Sertão: Veredas, a novela traz aspectos do regionalismo para a contextualização da família. Desse modo, é uma obra que se insere na terceira fase do Modernismo no Brasil. 

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