A Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo em de 1922, foi um dos eventos mais importantes da história do Brasil.
O assunto sempre foi muito abordado por questões de literatura dentro das principais provas do país, como o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). Porém, devido ao aniversário de 100 anos do evento em 2022, é muito provável que ele seja abordado pelas questões da próxima edição do ENEM.
Dessa forma, para que você consiga se preparar, o artigo de hoje separou um resumo completo sobre a Semana de Arte Moderna. Confira!
O que foi a Semana de Arte Moderna de 1922?
A Semana de Arte Moderna, conhecida também como Semana de 22, foi um evento que ocorreu em São Paulo, no ano de 1922, e é considerado um marco na literatura brasileira. A partir dessa data, um movimento de renovação artística teve início no Brasil, provocando consequências para a literatura, a pintura, a música e o teatro.
Mesmo com as duras críticas feitas contra algumas das apresentações, a Semana de Arte Moderna marcou o início de uma nova arte no país, e foi a base para a criação de diversos movimentos que buscavam difundir a nova arte pelo país.
Quem participou da Semana de Arte Moderna de 1922?
O evento foi organizado por um grupo de artistas e intelectuais que faziam parte do movimento modernista. Dentre os principais, podemos destacar Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral.
Antes da realização da Semana de 22, esses artistas se encontravam em São Paulo para discuti as novas tendências da arte e da literatura. Além disso, eles também foram influenciados pelo contato com as vanguardas que estavam sendo desenvolvidas na Europa naquele mesmo momento.
Mário de Andrade, por exemplo, é autor de “Macunaíma“, um dos romances mais importantes da literatura brasileira. Oswald de Andrade, por sua vez, é autor do Manifesto Antropófago, que propunha a devoração da cultura europeia para criar uma cultura brasileira autêntica e original. Por fim, Tarsila do Amaral é uma das mais importantes pintoras brasileiras e criou obras que refletem a identidade e a cultura do país, como “Abaporu”.
Além dos artistas mencionados, fizeram parte da Semana de Arte Moderna também Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Villa-Lobos e outros artistas e intelectuais.
Contexto histórico da Semana de Arte Moderna de 1922
Na primeira metade do século XX, o Brasil vivia uma série de mudanças políticas, sociais e econômicas. O país enfrentava um intenso processo de modernização, com a expansão urbana, a industrialização e o crescimento da classe média.
Ao mesmo tempo, o Brasil vivia uma crise de identidade cultural, que se refletia na arte e na literatura. Muitos artistas e escritores brasileiros se sentiam presos a modelos europeus e queriam criar uma arte que fosse verdadeiramente brasileira, que refletisse a realidade do país e suas tradições culturais. Nesse contexto, intelectuais de diversos segmentos, como autores, pintores e músicos se juntaram para conseguir encontrar uma forma de romper com o padrão tradicional artístico.
O resultado foi a organização da Semana de Arte Moderna de 1922, um evento que foi criado para manifestar contra o academicismo e a arte conservadora que predominavam no país.
Características da Semana de Arte Moderna de 1922
O evento possuiu alguns aspectos marcantes. Confira algumas das principais características das obras produzidas pelos artistas que fizeram parte da Semana de Arte Moderna de 192:
- Ausência de formalidade;
- Ruptura com o academicismo;
- Influência das vanguardas europeias;
- Busca por uma identidade brasileira;
- Experimentação;
- Liberdade de expressão;
- Uso da linguagem coloquial.
De uma forma geral, podemos dizer que a Semana de Arte Moderna foi fundamental para a história do país, deixando um forte legado na forma brasileira de se pensar e conceber a arte, a literatura e a identidade nacional.