Literatura: análise completa do conto “O Espelho”
O conto “O Espelho” foi escrito por Joaquim Maria Machado de Assis, um dos principais escritores de toda a literatura brasileira.
A obra é abordada com frequência por questões de literatura, principalmente dentro dos vestibulares e da prova do ENEM.
Assim, para te ajudar nos seus estudos, o artigo de hoje trouxe um resumo com uma análise sobre as principais características de O Espelho. Vamos conferir!
Sobre o Autor: Machado de Assis
Joaquim Maria Machado de Assis foi um escritor brasileiro que fez parte do movimento realista. Machado de Assis é considerado por muitos estudiosos um dos maiores nomes da literatura brasileira.
O escritor foi um observador agudo de sua sociedade. Em seus livros, contos e crônicas, Machado aborda assuntos cotidianos e oferece, ao mesmo tempo, reflexões sobre o comportamento do homem.
O Espelho: introdução
O conto “O Espelho” foi escrito por Machado de Assis e publicado pela primeira vez no ano de 1882.
O Espelho: enredo
A história retrata a vida de Jacobina, um militar de meia idade. Em um determinado momento durante um encontro com amigos, ele decide narrar um acontecimento marcante da história de sua juventude: o início de sua carreira militar.
Jacobina utiliza a história como um pretexto para começar um verdadeiro discurso sobre uma suposta “tese filosófica”. Para ele, todos os seres humanos seriam dotados de duas almas, sendo uma interior e outra exterior.
Machado de Assis faz uso do personagem de Jacobina para ilustrar as suas ideias sobre a natureza humana e sobre a importância que é dada ao aspecto exterior de cada pessoa, enquanto aquele interior é deixado em segundo plano. A influência do “outro” sobre a aparência e o comportamento aparente de cada homem também é objeto da análise de Machado por meio do discurso do protagonista de O Espelho.
O Espelho: características
O Espelho é um conto que apresenta a visão de Machado de Assis sobre a verdadeira essência do ser humano. Machado tenta, ao longo da narrativa, entender a condição humana e o processo de formação da identidade individual.
É claro que o conto é repleto de ironia, características típica dos contos e livros de Machado de Assis: por meio de todo o discurso de Jacobina, percebemos um tom de zombaria da suposta seriado do protagonista e de sua teoria.
Devemos ressaltar que o conto possui dois narradores: um narrador onisciente, responsável por narrar a história do conto em si, e um narrador em primeira pessoa, ou seja, o próprio Jacobina durante a narração de um momento específico de sua vida e da exposição de sua teoria.