A prioridade do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) para o segundo semestre de 2020 não são a reforma tributária ou administrativa. Cogita-se, ainda, que a prioridade atual do governo é a prorrogação do auxílio emergencial ser aprovada no Congresso Nacional e a criação do Renda Brasil, que irá substituir o auxílio e outros programas.
Ainda assim, um assessor do presidente garante que o governo também tem interesse em aprovar a reforma tributária. Entretanto, para enfrentar a pandemia do novo coronavírus, a demanda e foco maior é por proteger socialmente a parcela mais vulnerável da população durante os próximos meses.
Por fim, há o fator político. O auxílio emergencial de R$ 600 foi responsável por aumentar a aprovação de Jair Bolsonaro, especialmente na região Nordeste. O presidente perdeu a eleição presidencial de 2018 nesta região. Por isso, manter o auxílio durante este ano e incorporá-lo posteriormente pelo Renda Brasil são estratégias de reeleição.
De acordo com auxiliares de Bolsonaro, será definida uma estratégia para que a prorrogação do auxílio seja aprovada no Congresso e para que o Renda Brasil seja criado a partir de 2021. Por enquanto, as preocupações do governo são o valor do benefício e sua fonte de financiamento.
Recentemente, foi apresentada no Congresso proposta de prorrogação até o fim de 2020, mantendo o valor de R$ 600 por parcela. A equipe econômica do governo afirma que não é possível manter as parcelas neste mesmo valor por causa da crise fiscal e cogita prorrogação com parcela de R$ 250 a R$ 300.
Pagamento da 5ª parcela
O pagamento da quinta parcela do auxílio emergencial, atualmente no valor de R$600, vai começou a ser pago no dia 18 de agosto para os beneficiários do Bolsa Família.
Os beneficiários que se inscreveram pelo aplicativo ou site e nascidos em janeiro começam a receber a quinta parcela a partir do dia 28 de agosto.
O dinheiro é depositado em conta poupança social digital da Caixa e movimentado pelo app Caixa Tem.
O calendário de pagamento da 5ª parcela do auxílio para beneficiários do Bolsa Família segue até dia 31 de agosto. Novamente, o cronograma segue de acordo com o último dígito do Número de Identificação Social (NIS).
No dia 18 de agosto, o pagamento é liberado para quem tem NIS terminado em 1. No dia 31 de agosto, o último do calendário, o pagamento é liberado para quem tem NIS terminado em 0.
Diferente do que acontece com beneficiários que fizeram cadastro pelo site ou app, os do Bolsa Família não precisam aguardar por um segundo cronograma para fazer saque em espécie do auxílio.
Os beneficiários que não recebem do Bolsa Família, receberão o recurso por depósito em poupança digital pelo aplicativo Caixa Tem. Inicialmente, o dinheiro só pode ser usado para pagamento de contas e boletos e compras por meio de cartão virtual, e só em um segundo momento o recurso é liberado para saques e transferências.
Atualmente, o governo estuda criar mais parcelas do benefício com um valor reduzido. Porém, ainda não há nada concreto sobre a extensão. Apenas os cinco pagamentos estão garantidos.
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